Cálculo renal: quando o rim avisa que algo está errado
- medicinaatualrevis
- 9 de out.
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O cálculo renal, também conhecido como pedra nos rins, é uma formação sólida de sais minerais e cristais que se acumulam dentro dos rins ou das vias urinárias.Esses cristais se agrupam, endurecem e, quando se deslocam, causam dor intensa — a famosa cólica renal.
Os cálculos podem variar de tamanho — desde minúsculos grãos de areia até pedras grandes que bloqueiam o fluxo da urina.
Por que as pedras se formam
O principal motivo para o surgimento de cálculos é a alta concentração de substâncias na urina, como cálcio, ácido úrico, oxalato e fosfato.Quando há pouca água no organismo, a urina fica mais concentrada e essas substâncias se cristalizam com facilidade.
Entre as causas mais comuns estão:
baixo consumo de água;
dieta rica em sal e proteína animal;
predisposição genética;
obesidade;
doenças renais ou metabólicas;
uso prolongado de certos medicamentos.
Quais são os sintomas de cálculo renal
O principal sintoma é a dor intensa e súbita na região lombar, que pode irradiar para o abdome, virilha ou genitais.Mas há outros sinais que merecem atenção:
dor que vem em ondas e não melhora com mudança de posição;
vontade frequente de urinar, mesmo em pequena quantidade;
urina com sangue ou turva;
náuseas e vômitos;
febre (quando há infecção associada).
A dor do cálculo é considerada uma das mais intensas da Medicina, e deve sempre motivar busca por atendimento médico.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico é confirmado por exames de imagem, que mostram o tamanho, a localização e o tipo da pedra.Os exames mais utilizados são:
ultrassom de rins e vias urinárias;
tomografia computadorizada;
exames de urina e sangue, que ajudam a identificar a causa.
Em alguns casos, o médico também solicita análise do cálculo eliminado, para identificar sua composição e orientar o tratamento preventivo.
Tipos de cálculo renal
Os cálculos podem se formar a partir de diferentes substâncias:
Cálcio (oxalato ou fosfato): os mais comuns, relacionados à dieta e à genética;
Ácido úrico: mais frequentes em pessoas com gota ou que consomem muita carne vermelha;
Estruvita: geralmente associados a infecções urinárias;
Cistina: de origem hereditária, mais rara.
Saber o tipo de cálculo ajuda o médico a personalizar o tratamento e orientar mudanças na alimentação.
Como é o tratamento
O tratamento depende do tamanho da pedra e da intensidade dos sintomas.
Nos casos leves:
aumento da ingestão de água (2 a 3 litros por dia);
uso de analgésicos e antiespasmódicos;
medicamentos que ajudam na eliminação do cálculo.
Quando o cálculo é grande ou causa obstrução, podem ser necessárias intervenções como:
litotripsia: técnica que quebra o cálculo com ondas de choque;
ureteroscopia: uso de equipamentos endoscópicos para retirar a pedra;
cirurgia minimamente invasiva: indicada em casos mais complexos.
Como prevenir o cálculo renal
Prevenir é a melhor estratégia. Algumas atitudes simples reduzem bastante o risco:
beber bastante água ao longo do dia;
reduzir o sal e as proteínas animais na alimentação;
evitar refrigerantes e alimentos ultraprocessados;
controlar o peso corporal;
consumir frutas e vegetais ricos em água e fibras;
realizar exames periódicos se houver histórico familiar.
Conclusão
O cálculo renal é um problema comum, mas que pode ser evitado com hábitos simples. A hidratação adequada é a principal forma de prevenção — e, diante de qualquer dor intensa na região lombar, o ideal é procurar atendimento médico imediato.



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