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Doença de Peyronie: quando a curvatura do pênis causa dor e afeta a vida sexual

Doença de Peyronie

A doença de Peyronie é uma condição que afeta o tecido do pênis, provocando o desenvolvimento de placas fibrosas sob a pele. Essas placas levam à curvatura peniana anormal, que pode surgir de forma gradual ou súbita, causando dor durante as ereções e dificuldades na atividade sexual.

Embora não seja uma doença maligna, ela pode comprometer intensamente a qualidade de vida, trazendo impactos físicos e emocionais. A condição é mais comum em homens acima dos 40 anos, mas pode ocorrer em qualquer faixa etária adulta.

Como a doença se desenvolve

O mecanismo ainda não é totalmente compreendido, mas acredita-se que pequenas lesões repetidas no pênis durante relações sexuais, esportes ou acidentes desencadeiem um processo de cicatrização anormal.

Em vez de o tecido cicatrizar de forma elástica, como acontece normalmente, forma-se uma placa rígida de colágeno que limita a expansão dos corpos cavernosos, resultando na curvatura.

Sintomas da doença de Peyronie

Os sinais podem variar conforme a gravidade, mas os mais comuns são:

  • Curvatura visível do pênis em ereção;

  • Dor peniana, especialmente durante a ereção;

  • Presença de nódulos ou áreas endurecidas sob a pele;

  • Dificuldade para manter relações sexuais por dor ou posição;

  • Disfunção erétil associada, em alguns casos.

A intensidade da curvatura varia: em alguns homens, é leve e não atrapalha a função sexual; em outros, chega a tornar a penetração impossível.

Fases da doença

A doença de Peyronie costuma evoluir em duas fases:

  • Fase aguda: dura de 6 a 18 meses; há dor, progressão da curvatura e desenvolvimento das placas;

  • Fase crônica: a dor tende a diminuir, mas a curvatura se estabiliza, podendo permanecer de forma definitiva.

Causas e fatores de risco

Apesar de não existir uma causa única, alguns fatores aumentam a probabilidade de desenvolver a doença:

  • Microtraumas repetitivos no pênis;

  • Predisposição genética;

  • Idade avançada;

  • Doenças do tecido conjuntivo, como contratura de Dupuytren (nas mãos);

  • Tabagismo e diabetes, que afetam a cicatrização e vasos sanguíneos.

Diagnóstico da doença

O diagnóstico é clínico e feito pelo urologista. Em geral, inclui:

  • Exame físico para identificar placas fibrosas;

  • Avaliação da curvatura em ereção (às vezes induzida com medicamentos no consultório);

  • Ultrassonografia peniana, útil para avaliar placas e fluxo sanguíneo.

Tratamentos disponíveis

O tratamento da doença de Peyronie depende da fase da doença, da intensidade dos sintomas e do impacto na vida sexual do paciente.

Tratamento conservador

  • Acompanhamento clínico: em casos leves, apenas observação, já que a doença pode estabilizar ou até regredir parcialmente;

  • Medicamentos orais e tópicos: incluem vitamina E, potássio para-aminobenzoato e pentoxifilina, com resultados variáveis;

  • Injeções intracavitárias: aplicação de medicamentos diretamente na placa, como colagenase, que pode reduzir a curvatura.

Terapias não invasivas

  • Ondas de choque de baixa intensidade: ainda em estudo, mas usadas para aliviar a dor;

  • Dispositivos de tração peniana: podem ajudar a reduzir a curvatura e alongar o pênis.

Tratamento cirúrgico

Indicado nos casos mais graves e persistentes, quando a função sexual está comprometida. As técnicas incluem:

  • Plicatura peniana: encurta o lado oposto à curvatura, corrigindo o desvio;

  • Enxerto após incisão da placa: substitui o tecido fibroso por um enxerto para restaurar a elasticidade;

  • Prótese peniana: opção em casos com disfunção erétil grave associada.

Impacto psicológico

Além dos sintomas físicos, a doença de Peyronie pode gerar angústia, baixa autoestima e até depressão. Muitos homens evitam relacionamentos ou reduzem a atividade sexual por vergonha da condição. O acompanhamento psicológico e o diálogo aberto com o parceiro(a) são fundamentais.

Conclusão

A doença de Peyronie é mais comum do que se imagina e, embora não ameace a vida, pode afetar de forma significativa a saúde sexual e emocional do homem. Felizmente, existem diferentes opções de tratamento que vão desde acompanhamento clínico até cirurgias corretivas. Procurar um urologista ao notar os primeiros sinais é essencial para obter o diagnóstico precoce e receber a melhor orientação.

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