Dores articulares na mudança de temperatura: mito ou verdade?
- medicinaatualrevis
- 9 de dez.
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Muitas pessoas dizem sentir dores nas articulações quando o clima esfria ou quando há mudanças bruscas de temperatura. Para alguns, isso parece apenas crença popular. Mas será que existe fundamento médico? A ciência sugere que há verdade por trás desse relato — embora os mecanismos ainda estejam em estudo.
A relação entre clima e dor não é simples e pode envolver componentes físicos, inflamatórios e até comportamentais.
Por que o frio pode piorar sintomas articulares
As articulações possuem receptores sensíveis ao ambiente. Quando a temperatura cai, ocorre:
redução do fluxo sanguíneo periférico;
aumento da rigidez muscular;
maior sensibilidade dos nervos;
contração das estruturas periarticulares.
Esse cenário favorece dor, especialmente em quem já tem osteoartrite, artrite reumatoide ou lesões articulares antigas.
Mudança de pressão atmosférica também influencia
Além da temperatura, alterações na pressão barométrica — como antes de chuvas e frentes frias — podem desencadear desconforto.
Acredita-se que essa oscilação altere a pressão dentro da cápsula articular, aumentando a sensação dolorosa. Por isso, muitos pacientes afirmam “prever” clima porque a dor surge antes do tempo mudar.
Efeito psicológico existe, mas não é o único
Comportamentos também influenciam:
no frio, há tendência de reduzir movimentação;
músculos ficam menos aquecidos;
articulações ficam mais rígidas.
Isso contribui para agravar dor, mas não explica tudo, há componente biológico real.
Quem sente mais dores com mudanças climáticas?
Os mais afetados geralmente são:
pessoas com osteoartrite;
pacientes com artrite inflamatória;
indivíduos com fibromialgia;
quem teve lesões antigas.
Nesses grupos, o limiar de dor já é alterado, facilitando impacto do clima.
Existe tratamento?
Não há terapia específica para “dor do clima”, mas medidas ajudam:
manter-se aquecido;
realizar alongamentos;
praticar atividade física regular;
manter peso adequado;
usar anti-inflamatórios ou analgésicos sob supervisão.
Em fases frias, ajustar exercícios e roupas faz diferença.
Conclusão
Dores articulares relacionadas a mudanças climáticas não são mito, há bases fisiológicas que explicam o fenômeno. Pessoas com articulações doentes ou sensíveis percebem esse impacto com mais intensidade. Compreender essa relação ajuda a adaptar rotinas, prevenir crises e manejar sintomas.



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