Influência da menopausa na saúde óssea e riscos de osteoporose
- medicinaatualrevis
- 9 de mai.
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A menopausa é uma fase natural da vida da mulher que traz mudanças hormonais significativas, especialmente relacionadas à diminuição dos níveis de estrogênio. Essa alteração tem impacto direto sobre a densidade mineral óssea, elevando os riscos de osteoporose.
Entender como a menopausa influencia a saúde óssea é essencial para a prevenção de fraturas e para a promoção do envelhecimento saudável.
Neste artigo, exploraremos os principais efeitos da menopausa sobre os ossos, os fatores de risco envolvidos e as melhores estratégias de prevenção e tratamento da osteoporose.
O que é a osteoporose
A osteoporose é uma condição caracterizada pela diminuição da densidade óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, tornando os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas. É uma doença silenciosa, que raramente apresenta sintomas até que ocorra uma fratura, geralmente em regiões como quadril, punho e coluna.
Estudos mostram que a prevalência da osteoporose aumenta significativamente em mulheres após a menopausa, fazendo dessa população um grupo de risco prioritário para ações de saúde preventiva.
Como a menopausa afeta a saúde óssea
Durante a menopausa, os níveis de estrogênio caem abruptamente. Esse hormônio desempenha um papel vital na regulação do ciclo de remodelação óssea, que equilibra a formação e a reabsorção de tecido ósseo.
Com menos estrogênio, a taxa de reabsorção passa a superar a de formação, resultando em perda progressiva de massa óssea.
Nos primeiros 5 a 10 anos após a menopausa, as mulheres podem perder até 20% da densidade óssea, o que aumenta drasticamente o risco de osteoporose e fraturas.
Fatores de risco para perda óssea na menopausa
Diversos fatores aumentam o risco de osteoporose em mulheres na pós-menopausa, como:
História familiar de osteoporose ou fraturas;
Baixo peso corporal ou índice de massa corporal (IMC) reduzido;
Sedentarismo;
Dieta pobre em cálcio e vitamina D;
Tabagismo e consumo excessivo de álcool;
Uso prolongado de corticosteroides;
Menopausa precoce (antes dos 45 anos).
A presença de múltiplos fatores de risco exige monitoramento mais rigoroso da saúde óssea.
Sintomas e diagnóstico da osteoporose
A osteoporose é chamada de “doença silenciosa” porque não costuma apresentar sintomas até que uma fratura aconteça. Quando ocorrem, os sintomas mais comuns incluem:
Dor nas costas, especialmente após fraturas vertebrais;
Perda de estatura com o tempo;
Postura curvada (cifose);
Fraturas por traumas leves.
O diagnóstico é feito principalmente por meio da densitometria óssea, exame que mede a densidade mineral óssea em locais estratégicos, como a coluna lombar e o fêmur.
Prevenção da osteoporose durante e após a menopausa
Medidas preventivas são fundamentais para a manutenção da saúde óssea. As principais estratégias incluem:
Ingestão adequada de cálcio (1.200 mg por dia para mulheres acima dos 50 anos);
Suplementação de vitamina D, quando indicada;
Prática regular de exercícios com impacto, como caminhada, dança ou musculação;
Evitar tabagismo e consumo excessivo de álcool;
Exposição solar controlada para síntese de vitamina D;
Alimentação balanceada com vegetais verdes, laticínios, peixes e oleaginosas.
Tratamentos disponíveis para preservar a saúde óssea
Além das mudanças no estilo de vida, alguns tratamentos médicos podem ser recomendados:
Terapia de reposição hormonal (TRH): eficaz na prevenção da perda óssea, mas indicada apenas para mulheres com sintomas intensos da menopausa e sem contraindicações.
Bisfosfonatos: medicamentos que diminuem a reabsorção óssea.
Denosumabe: anticorpo monoclonal que reduz a perda de massa óssea.
Raloxifeno: modulador seletivo dos receptores de estrogênio.
Teriparatida: forma sintética do hormônio paratireoide, usada em casos graves.
A escolha do tratamento deve ser individualizada, considerando o risco de fraturas, os efeitos colaterais e as preferências da paciente.
Conclusão
A menopausa é um período crítico para a saúde óssea da mulher. A queda nos níveis de estrogênio favorece a perda de densidade óssea e aumenta o risco de osteoporose.
Contudo, com informação, prevenção e tratamento adequado, é possível manter a qualidade de vida e a independência funcional por mais tempo. Consultas regulares, exames de controle e atenção à alimentação e à atividade física são pilares essenciais para a saúde óssea na pós-menopausa.



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