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Influência da menopausa na saúde óssea e riscos de osteoporose


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A menopausa é uma fase natural da vida da mulher que traz mudanças hormonais significativas, especialmente relacionadas à diminuição dos níveis de estrogênio. Essa alteração tem impacto direto sobre a densidade mineral óssea, elevando os riscos de osteoporose.


Entender como a menopausa influencia a saúde óssea é essencial para a prevenção de fraturas e para a promoção do envelhecimento saudável.


Neste artigo, exploraremos os principais efeitos da menopausa sobre os ossos, os fatores de risco envolvidos e as melhores estratégias de prevenção e tratamento da osteoporose.


O que é a osteoporose


A osteoporose é uma condição caracterizada pela diminuição da densidade óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, tornando os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas. É uma doença silenciosa, que raramente apresenta sintomas até que ocorra uma fratura, geralmente em regiões como quadril, punho e coluna.


Estudos mostram que a prevalência da osteoporose aumenta significativamente em mulheres após a menopausa, fazendo dessa população um grupo de risco prioritário para ações de saúde preventiva.


Como a menopausa afeta a saúde óssea

Durante a menopausa, os níveis de estrogênio caem abruptamente. Esse hormônio desempenha um papel vital na regulação do ciclo de remodelação óssea, que equilibra a formação e a reabsorção de tecido ósseo.


Com menos estrogênio, a taxa de reabsorção passa a superar a de formação, resultando em perda progressiva de massa óssea.


Nos primeiros 5 a 10 anos após a menopausa, as mulheres podem perder até 20% da densidade óssea, o que aumenta drasticamente o risco de osteoporose e fraturas.


Fatores de risco para perda óssea na menopausa


Diversos fatores aumentam o risco de osteoporose em mulheres na pós-menopausa, como:


  • História familiar de osteoporose ou fraturas;

  • Baixo peso corporal ou índice de massa corporal (IMC) reduzido;

  • Sedentarismo;

  • Dieta pobre em cálcio e vitamina D;

  • Tabagismo e consumo excessivo de álcool;

  • Uso prolongado de corticosteroides;

  • Menopausa precoce (antes dos 45 anos).

A presença de múltiplos fatores de risco exige monitoramento mais rigoroso da saúde óssea.

Sintomas e diagnóstico da osteoporose

A osteoporose é chamada de “doença silenciosa” porque não costuma apresentar sintomas até que uma fratura aconteça. Quando ocorrem, os sintomas mais comuns incluem:

  • Dor nas costas, especialmente após fraturas vertebrais;

  • Perda de estatura com o tempo;

  • Postura curvada (cifose);

  • Fraturas por traumas leves.

O diagnóstico é feito principalmente por meio da densitometria óssea, exame que mede a densidade mineral óssea em locais estratégicos, como a coluna lombar e o fêmur.

Prevenção da osteoporose durante e após a menopausa

Medidas preventivas são fundamentais para a manutenção da saúde óssea. As principais estratégias incluem:

  • Ingestão adequada de cálcio (1.200 mg por dia para mulheres acima dos 50 anos);

  • Suplementação de vitamina D, quando indicada;

  • Prática regular de exercícios com impacto, como caminhada, dança ou musculação;

  • Evitar tabagismo e consumo excessivo de álcool;

  • Exposição solar controlada para síntese de vitamina D;

  • Alimentação balanceada com vegetais verdes, laticínios, peixes e oleaginosas.

Tratamentos disponíveis para preservar a saúde óssea

Além das mudanças no estilo de vida, alguns tratamentos médicos podem ser recomendados:

  • Terapia de reposição hormonal (TRH): eficaz na prevenção da perda óssea, mas indicada apenas para mulheres com sintomas intensos da menopausa e sem contraindicações.

  • Bisfosfonatos: medicamentos que diminuem a reabsorção óssea.

  • Denosumabe: anticorpo monoclonal que reduz a perda de massa óssea.

  • Raloxifeno: modulador seletivo dos receptores de estrogênio.

  • Teriparatida: forma sintética do hormônio paratireoide, usada em casos graves.

A escolha do tratamento deve ser individualizada, considerando o risco de fraturas, os efeitos colaterais e as preferências da paciente.

Conclusão

A menopausa é um período crítico para a saúde óssea da mulher. A queda nos níveis de estrogênio favorece a perda de densidade óssea e aumenta o risco de osteoporose.

Contudo, com informação, prevenção e tratamento adequado, é possível manter a qualidade de vida e a independência funcional por mais tempo. Consultas regulares, exames de controle e atenção à alimentação e à atividade física são pilares essenciais para a saúde óssea na pós-menopausa.

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