Queda de cabelo: causas hormonais, emocionais e infecciosas
- medicinaatualrevis
- 29 de mai.
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A queda de cabelo é uma queixa comum entre homens e mulheres e pode ocorrer por diversos motivos. Embora seja normal perder entre 50 a 100 fios por dia, quando a perda se torna excessiva ou deixa falhas visíveis, é hora de investigar as causas e buscar orientação médica.
Neste artigo, você vai descobrir os principais fatores hormonais, emocionais e infecciosos que influenciam a saúde capilar e o que pode ser feito para controlar e tratar a queda de cabelo de forma eficaz.
Quando a queda de cabelo é considerada anormal
Nem toda queda de cabelo indica um problema. Em muitos casos, ela é sazonal ou ocorre após eventos pontuais, como cirurgias, parto ou estresse. Porém, sinais de alerta incluem:
Aumento repentino na quantidade de fios caindo;
Perda de cabelo em áreas específicas (placas);
Diminuição do volume capilar visível;
Afinamento dos fios;
Presença de falhas no couro cabeludo.
Causas hormonais da queda de cabelo
Eflúvio telógeno hormonal
Mudanças hormonais podem alterar o ciclo de crescimento dos fios, levando a uma queda temporária. Isso ocorre especialmente em situações como:
Pós-parto (queda acentuada 2-4 meses após o nascimento do bebê);
Interrupção de anticoncepcionais;
Menopausa;
Doenças da tireoide (hipotireoidismo ou hipertireoidismo).
Alopecia androgênica (calvície hereditária)
A forma mais comum de queda capilar, especialmente entre os homens, está ligada à sensibilidade genética ao hormônio di-hidrotestosterona (DHT). Nas mulheres, a alopecia androgênica pode se manifestar como rarefação difusa, principalmente no topo da cabeça.
Fatores emocionais: o impacto do estresse e da ansiedade
O estresse físico e emocional intenso pode levar ao eflúvio telógeno, uma condição em que mais fios entram na fase de queda do que o normal. Isso pode ser desencadeado por:
Luto;
Burnout;
Pressões acadêmicas ou profissionais;
Depressão e ansiedade.
Esse tipo de queda costuma surgir cerca de 2 a 3 meses após o fator desencadeante e pode durar até 6 meses, com recuperação espontânea em muitos casos.
Infecções que afetam os cabelos
Certas infecções também estão ligadas à queda capilar, sendo necessário tratamento específico:
Tinha capitis
Infecção fúngica do couro cabeludo, comum em crianças, que causa áreas de alopecia com descamação e coceira. O tratamento é feito com antifúngicos orais e tópicos.
Infecções virais e bacterianas
Infecções sistêmicas como dengue, COVID-19, sífilis ou lúpus também podem desencadear queda temporária de cabelo. A abordagem foca na doença de base.
Dermatites
Dermatite seborreica e psoríase podem causar inflamação intensa e descamação do couro cabeludo, prejudicando o crescimento saudável dos fios.
Outros fatores importantes
Além das causas mencionadas, outros aspectos podem estar relacionados à queda de cabelo:
Carência de ferro, zinco, biotina e proteínas;
Dietas restritivas ou emagrecimento rápido;
Uso de medicamentos (anticoagulantes, retinoides, quimioterápicos);
Alisamentos, tinturas e uso excessivo de chapinha ou secador;
Tricotilomania (distúrbio compulsivo de arrancar os próprios cabelos).
Diagnóstico da causa da queda de cabelo
A avaliação médica é fundamental. O dermatologista pode realizar:
Anamnese detalhada (histórico de saúde e hábitos);
Exame físico do couro cabeludo;
Teste de tração dos fios;
Tricoscopia (análise com lupa);
Exames laboratoriais (tireoide, ferritina, hormônios, vitaminas).
O diagnóstico preciso é essencial para um tratamento eficaz e seguro.
Tratamentos disponíveis
O tratamento da queda de cabelo depende da causa e pode incluir:
Cuidados gerais
Correção de deficiências nutricionais;
Redução do estresse;
Adequação da rotina capilar (lavagem, secagem, uso de produtos suaves).
Tratamentos tópicos e orais
Minoxidil (uso tópico para estimular o crescimento capilar);
Finasterida ou dutasterida (uso oral em casos de alopecia androgênica, sob prescrição);
Suplementação nutricional individualizada.
Procedimentos médicos
Microagulhamento com fatores de crescimento;
Injeções intradérmicas (mesoterapia);
Terapia a laser de baixa intensidade;
Transplante capilar (para casos avançados de calvície).
Convivendo com a queda capilar
Lidar com a queda de cabelo pode afetar a autoestima e o bem-estar emocional. Por isso, é importante buscar ajuda especializada e não se automedicar com soluções milagrosas. Em muitos casos, o quadro é reversível com diagnóstico precoce e acompanhamento adequado.
Conclusão
A queda de cabelo pode ter origem hormonal, emocional ou infecciosa. Identificar o motivo correto é o primeiro passo para tratar o problema de forma eficaz. Não ignore os sinais do seu corpo e procure um dermatologista para uma avaliação completa.



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