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Queda de cabelo: causas hormonais, emocionais e infecciosas


queda de cabelo

A queda de cabelo é uma queixa comum entre homens e mulheres e pode ocorrer por diversos motivos. Embora seja normal perder entre 50 a 100 fios por dia, quando a perda se torna excessiva ou deixa falhas visíveis, é hora de investigar as causas e buscar orientação médica.

Neste artigo, você vai descobrir os principais fatores hormonais, emocionais e infecciosos que influenciam a saúde capilar e o que pode ser feito para controlar e tratar a queda de cabelo de forma eficaz.

Quando a queda de cabelo é considerada anormal

Nem toda queda de cabelo indica um problema. Em muitos casos, ela é sazonal ou ocorre após eventos pontuais, como cirurgias, parto ou estresse. Porém, sinais de alerta incluem:

  • Aumento repentino na quantidade de fios caindo;

  • Perda de cabelo em áreas específicas (placas);

  • Diminuição do volume capilar visível;

  • Afinamento dos fios;

  • Presença de falhas no couro cabeludo.

Causas hormonais da queda de cabelo

Eflúvio telógeno hormonal

Mudanças hormonais podem alterar o ciclo de crescimento dos fios, levando a uma queda temporária. Isso ocorre especialmente em situações como:

  • Pós-parto (queda acentuada 2-4 meses após o nascimento do bebê);

  • Interrupção de anticoncepcionais;

  • Menopausa;

  • Doenças da tireoide (hipotireoidismo ou hipertireoidismo).

Alopecia androgênica (calvície hereditária)

A forma mais comum de queda capilar, especialmente entre os homens, está ligada à sensibilidade genética ao hormônio di-hidrotestosterona (DHT). Nas mulheres, a alopecia androgênica pode se manifestar como rarefação difusa, principalmente no topo da cabeça.

Fatores emocionais: o impacto do estresse e da ansiedade

O estresse físico e emocional intenso pode levar ao eflúvio telógeno, uma condição em que mais fios entram na fase de queda do que o normal. Isso pode ser desencadeado por:

  • Luto;

  • Burnout;

  • Pressões acadêmicas ou profissionais;

  • Depressão e ansiedade.

Esse tipo de queda costuma surgir cerca de 2 a 3 meses após o fator desencadeante e pode durar até 6 meses, com recuperação espontânea em muitos casos.

Infecções que afetam os cabelos

Certas infecções também estão ligadas à queda capilar, sendo necessário tratamento específico:

Tinha capitis

Infecção fúngica do couro cabeludo, comum em crianças, que causa áreas de alopecia com descamação e coceira. O tratamento é feito com antifúngicos orais e tópicos.

Infecções virais e bacterianas

Infecções sistêmicas como dengue, COVID-19, sífilis ou lúpus também podem desencadear queda temporária de cabelo. A abordagem foca na doença de base.

Dermatites

Dermatite seborreica e psoríase podem causar inflamação intensa e descamação do couro cabeludo, prejudicando o crescimento saudável dos fios.

Outros fatores importantes

Além das causas mencionadas, outros aspectos podem estar relacionados à queda de cabelo:

  • Carência de ferro, zinco, biotina e proteínas;

  • Dietas restritivas ou emagrecimento rápido;

  • Uso de medicamentos (anticoagulantes, retinoides, quimioterápicos);

  • Alisamentos, tinturas e uso excessivo de chapinha ou secador;

  • Tricotilomania (distúrbio compulsivo de arrancar os próprios cabelos).

Diagnóstico da causa da queda de cabelo

A avaliação médica é fundamental. O dermatologista pode realizar:

  • Anamnese detalhada (histórico de saúde e hábitos);

  • Exame físico do couro cabeludo;

  • Teste de tração dos fios;

  • Tricoscopia (análise com lupa);

  • Exames laboratoriais (tireoide, ferritina, hormônios, vitaminas).

O diagnóstico preciso é essencial para um tratamento eficaz e seguro.

Tratamentos disponíveis

O tratamento da queda de cabelo depende da causa e pode incluir:

Cuidados gerais

  • Correção de deficiências nutricionais;

  • Redução do estresse;

  • Adequação da rotina capilar (lavagem, secagem, uso de produtos suaves).

Tratamentos tópicos e orais

  • Minoxidil (uso tópico para estimular o crescimento capilar);

  • Finasterida ou dutasterida (uso oral em casos de alopecia androgênica, sob prescrição);

  • Suplementação nutricional individualizada.

Procedimentos médicos

  • Microagulhamento com fatores de crescimento;

  • Injeções intradérmicas (mesoterapia);

  • Terapia a laser de baixa intensidade;

  • Transplante capilar (para casos avançados de calvície).

Convivendo com a queda capilar

Lidar com a queda de cabelo pode afetar a autoestima e o bem-estar emocional. Por isso, é importante buscar ajuda especializada e não se automedicar com soluções milagrosas. Em muitos casos, o quadro é reversível com diagnóstico precoce e acompanhamento adequado.

Conclusão

A queda de cabelo pode ter origem hormonal, emocional ou infecciosa. Identificar o motivo correto é o primeiro passo para tratar o problema de forma eficaz. Não ignore os sinais do seu corpo e procure um dermatologista para uma avaliação completa.

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