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Tétano: a infecção grave que pode ser evitada com uma simples vacina

Tétano

O tétano é uma infecção grave causada por uma bactéria encontrada no solo, poeira e fezes de animais. Ela produz uma toxina poderosa que afeta o sistema nervoso, causando rigidez muscular intensa e espasmos dolorosos.

Apesar de ser potencialmente fatal, o tétano é totalmente prevenível com vacinação — um detalhe que torna essa doença grave ainda mais alarmante quando acontece.

No Brasil, casos ainda são registrados, especialmente em pessoas não vacinadas ou com esquema incompleto, reforçando a importância da imunização e dos cuidados com ferimentos.

O que causa o tétano?

O tétano é causado pela bactéria Clostridium tetani, que entra no organismo através de ferimentos na pele.

Após entrar no corpo, a bactéria libera uma toxina que atinge o sistema nervoso central, provocando contrações musculares intensas e perda de controle muscular.

Formas mais comuns de contaminação

  • Ferimentos com objetos enferrujados ou sujos;

  • Cortes por pregos, arames, metais ou farpas;

  • Arranhões ou perfurações com solo contaminado;

  • Feridas mal higienizadas;

  • Picadas de insetos infectadas;

  • Queimaduras e lesões profundas;

  • Infecção do coto umbilical em recém-nascidos sem cuidados adequados.

Importante: não é a ferrugem que causa tétano, e sim o tipo de ambiente onde a bactéria vive — locais úmidos, com pouca oxigenação e matéria orgânica.

Sintomas do tétano

Os sintomas costumam surgir de 3 a 21 dias após a exposição, dependendo da gravidade da infecção.

Os principais sinais incluem:

  • Rigidez na mandíbula (trismo) — dificuldade de abrir a boca;

  • Rigidez no pescoço;

  • Espasmos musculares dolorosos;

  • Dificuldade para engolir;

  • Dor e rigidez na barriga e nas costas;

  • Sorriso “forçado” por contração facial (riso sardônico);

  • Sudorese, febre e aumento da pressão arterial;

  • Dificuldade respiratória em casos graves.

Nos recém-nascidos, o tétano neonatal causa dificuldade para mamar, rigidez e convulsões, uma emergência gravíssima.

Tipos de tétano

  • Tétano generalizado: mais comum; afeta todo o corpo.

  • Tétano localizado: espasmos apenas na região do ferimento.

  • Tétano neonatal: ligado a parto não higienizado ou falta de vacinação materna.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico é clínico — ou seja, baseado nos sintomas e histórico da pessoa. Não existe um exame de sangue específico para detectar tétano.

O médico avalia:

  • Tipo e data da lesão;

  • Histórico vacinal;

  • Presença de rigidez muscular e espasmos;

  • Evolução dos sintomas.

Tratamento

O tétano é uma emergência médica. O tratamento costuma envolver:

  • Internação hospitalar, muitas vezes em UTI;

  • Soro antitetânico (imunoglobulina) para neutralizar a toxina;

  • Antibióticos para eliminar a bactéria;

  • Controle dos espasmos musculares com sedação e relaxantes;

  • Ventilação mecânica em casos graves;

  • Limpeza rigorosa da ferida para remover o foco infeccioso.

Mesmo com tratamento, a doença pode ser grave — por isso, prevenção é fundamental.

Prevenção: vacina salva vidas

A vacina antitetânica está disponível no SUS e deve ser aplicada conforme o calendário vacinal.

Esquema recomendado

Fase

Vacina

Observação

Infância

DTP

3 doses + reforços

Adolescente

dT ou dTpa

Reforço

Adultos

dT ou dTpa

Reforço a cada 10 anos

Gestantes

dTpa

Protege o bebê contra tétano neonatal

Ferimentos graves sem vacinação atualizada exigem reforço imediato + soro antitetânico.

Além da vacinação, outras medidas ajudam a prevenir:

  • Higienizar ferimentos com água e sabão;

  • Procurar atendimento médico em caso de cortes profundos;

  • Usar luvas e proteção ao lidar com terra, lixo ou metal;

  • Evitar automedicação e “remédios caseiros” em feridas.

Quem deve ter atenção redobrada?

  • Profissionais rurais e de construção;

  • Jardinagem e trabalho com solo;

  • Pessoas idosas sem histórico vacinal claro;

  • Indivíduos com feridas profundas ou contaminadas;

  • Gestantes — para evitar tétano neonatal.

Conclusão

O tétano é uma doença grave, porém totalmente evitável. A vacinação regular, o cuidado com ferimentos e a busca precoce por atendimento médico são pilares da prevenção.

Se você não lembra quando foi sua última dose, a regra é simples: vacine-se.

Prevenir é infinitamente mais fácil — e seguro — do que tratar.


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