Afogamento: como prevenir, identificar e agir diante de uma emergência aquática
- medicinaatualrevis
- 4 de abr.
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O afogamento é uma das principais causas de morte acidental no mundo e pode ocorrer em segundos, mesmo em pequenas quantidades de água. Essa condição acontece quando a submersão em líquido causa asfixia ou interfere na respiração, privando o corpo de oxigênio e colocando em risco especialmente o cérebro.
Por isso, conhecer os riscos, formas de prevenção e medidas imediatas é essencial para salvar vidas.
O que é o afogamento?
O afogamento pode ser fatal ou não fatal. Ambos os casos envolvem privação de oxigênio, podendo provocar lesões graves ou morte. Cerca de quatro vezes mais pessoas são hospitalizadas por afogamento não fatal do que morrem por essa causa.
Nos Estados Unidos, por exemplo, é a principal causa de morte acidental em crianças de 1 a 4 anos e está entre as 10 maiores causas de óbito acidental em pessoas com menos de 55 anos.
Quem corre maior risco de afogamento?
Certos grupos estão mais vulneráveis ao afogamento:
Crianças que não sabem nadar ou não são supervisionadas;
Pessoas que consomem álcool ou drogas;
Indivíduos com distúrbios como epilepsia ou arritmias cardíacas;
Praticantes de esportes aquáticos com técnicas perigosas de retenção de ar;
Homens, que representam cerca de 80% das vítimas com mais de 1 ano de idade.
Além disso, bebês e crianças pequenas estão em risco mesmo em locais como baldes com água ou vasos sanitários.
Ambientes e comportamentos que aumentam o risco
Os locais mais comuns de afogamento são piscinas, banheiras e ambientes naturais como rios e praias. Algumas práticas aumentam consideravelmente o risco, como:
Mergulhos em águas rasas;
Prática de apneia prolongada;
Hiperventilação antes de mergulhar (respirar rapidamente para tentar segurar o ar por mais tempo);
Treinos embaixo d’água sem supervisão adequada.
O que acontece no corpo durante o afogamento?
Quando uma pessoa se afoga, duas situações podem ocorrer:
A água entra nos pulmões, impedindo a troca de oxigênio.
Há um espasmo das cordas vocais, impedindo a entrada de ar e de água, conhecido como afogamento seco.
Ambas resultam em hipóxia (falta de oxigênio), podendo causar lesão cerebral ou morte em poucos minutos. Além disso, a água contaminada pode provocar lesões pulmonares horas após a retirada da vítima, quadro conhecido como afogamento secundário.
Efeitos da água fria
Curiosamente, a água fria pode tanto aumentar o risco quanto prolongar a sobrevida em casos de afogamento. Ela dificulta a movimentação e reduz a temperatura corporal (hipotermia), o que pode causar confusão mental.
No entanto, também pode ativar o “reflexo de mergulho” dos mamíferos, que diminui o metabolismo e preserva órgãos vitais por mais tempo.
Como prevenir o afogamento?
A prevenção é a melhor maneira de evitar tragédias:
Ensine crianças a nadar desde cedo;
Nunca deixe crianças sozinhas perto da água, mesmo que seja rasa;
Evite o consumo de álcool em atividades aquáticas;
Use coletes salva-vidas em locais de risco;
Não pratique apneia prolongada ou mergulhos arriscados.
O que fazer em caso de afogamento?
Ao presenciar um caso de afogamento:
Acione o serviço de emergência imediatamente (192 ou 193 no Brasil);
Se possível, retire a pessoa da água com segurança;
Inicie a reanimação cardiopulmonar (RCP) se ela estiver inconsciente e sem respirar;
Mesmo após a recuperação, leve a vítima ao hospital para avaliação médica; Clique aqui para conferir os passos do RCP!
Conclusão
O afogamento é um evento trágico e, muitas vezes, evitável. Conhecer os riscos, adotar comportamentos seguros e agir com rapidez em situações de emergência são medidas fundamentais para proteger vidas. A informação e a prevenção ainda são as melhores estratégias para manter a segurança nas atividades aquáticas. Fonte: Manual MSD



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