Alopecia: causas e cuidados com a perda de cabelo
- medicinaatualrevis
- 23 de jul.
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Perceber os fios se acumulando no travesseiro, no ralo do chuveiro ou na escova pode gerar insegurança, medo e dúvidas. Afinal, quando a queda de cabelo é normal e quando ela indica alopecia?
A alopecia é o nome técnico para a perda de cabelo, que pode ter diferentes causas — desde predisposição genética até doenças autoimunes. A boa notícia é que, na maioria dos casos, há tratamento e formas de recuperação.
Neste artigo, você vai entender o que é a alopecia, quais são os tipos mais comuns, o que causa a queda capilar e quais são os tratamentos disponíveis.
O que é alopecia?
Alopecia é um termo médico que significa queda ou ausência de pelos ou cabelos, podendo afetar apenas o couro cabeludo ou outras partes do corpo.
Ela pode ser temporária ou permanente, parcial ou total, e está ligada a múltiplas causas, desde alterações hormonais até fatores emocionais.
Quais são os tipos mais comuns de alopecia?
Existem diversos tipos, e o diagnóstico correto é fundamental para escolher o tratamento ideal. Os principais são:
1. Alopecia androgenética
Também conhecida como calvície hereditária;
Mais comum em homens, mas também afeta mulheres;
Associada à sensibilidade genética aos hormônios androgênicos (como a testosterona);
Evolui progressivamente com o tempo.
2. Eflúvio telógeno
Queda difusa de cabelo causada por estresse, doenças, pós-parto, cirurgias ou uso de medicamentos;
Ocorre cerca de 2 a 3 meses após o fator desencadeante;
Costuma ser reversível com tratamento e tempo.
3. Alopecia areata
Doença autoimune que provoca queda repentina e localizada de cabelo, formando falhas arredondadas;
Pode afetar também sobrancelhas e pelos corporais;
Pode ter caráter cíclico, com períodos de melhora e recaída.
4. Alopecia cicatricial
Provocada por inflamações ou infecções no couro cabeludo que destroem os folículos capilares permanentemente;
Pode ser consequência de doenças como lúpus, líquen plano ou infecções fúngicas profundas.
Quais são as principais causas da queda de cabelo?
A queda capilar pode ter múltiplas origens. Veja os fatores mais frequentes:
Genética (histórico familiar de calvície);
Alterações hormonais (menopausa, ovários policísticos, problemas na tireoide);
Deficiências nutricionais (ferro, zinco, vitamina D, proteínas);
Estresse físico ou emocional intenso;
Doenças autoimunes;
Uso de medicamentos (antidepressivos, anticoagulantes, quimioterapia);
Dietas restritivas ou emagrecimento rápido;
Uso excessivo de químicas, calor e penteados que tracionam os fios.
Como saber se a queda é normal ou preocupante?
Perder até 100 fios por dia é considerado normal. No entanto, fique atento se você notar:
Diminuição visível do volume dos cabelos;
Entradas mais profundas ou rarefação na linha frontal;
Áreas arredondadas com ausência de cabelo;
Maior acúmulo de fios em roupas, travesseiros e escovas;
Irritação ou coceira persistente no couro cabeludo.
Nesses casos, é importante procurar um dermatologista.
Como é feito o diagnóstico da alopecia?
O diagnóstico é clínico, mas pode ser complementado com exames. O médico irá:
Avaliar histórico de saúde e hábitos;
Examinar o couro cabeludo com lupa ou dermatoscopia;
Solicitar exames de sangue (hormônios, ferritina, vitaminas);
Realizar, em alguns casos, biópsia do couro cabeludo.
O diagnóstico correto garante um tratamento mais eficaz e direcionado.
Quais são os tratamentos para alopecia?
O tratamento depende da causa e do tipo de alopecia. Entre as abordagens mais usadas estão:
Minoxidil (tópico ou oral): estimula a fase de crescimento do fio;
Finasterida ou dutasterida: indicadas para alopecia androgenética masculina;
Suplementação: ferro, zinco, vitamina D, biotina, colágeno;
Corticoides tópicos ou injetáveis: usados em alopecia areata;
Fototerapia com LED ou laser de baixa potência;
Tratamentos orais imunossupressores (em casos autoimunes mais graves);
Transplante capilar: indicado em casos de calvície avançada e permanente.
Sempre procure orientação médica — tratamentos caseiros ou aleatórios podem agravar a situação.
Hábitos que ajudam na saúde capilar
Além dos tratamentos, alguns cuidados no dia a dia fazem toda a diferença:
Evitar prender o cabelo molhado ou com muita força;
Lavar com produtos adequados para seu tipo de couro cabeludo;
Reduzir o uso de chapinha, secador e químicas agressivas;
Manter uma alimentação equilibrada e rica em proteínas;
Controlar o estresse com atividades físicas e terapias;
Dormir bem e manter hidratação adequada.
Cuidar dos cabelos também é cuidar da autoestima e da saúde geral.
Conclusão
A alopecia pode afetar a autoestima, mas é possível tratar, controlar e até reverter a queda de cabelo, dependendo do tipo e da causa. O mais importante é não se automedicar e buscar avaliação médica logo nos primeiros sinais.
Com o acompanhamento adequado e hábitos saudáveis, você pode retomar o crescimento dos fios com segurança e confiança.



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