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Carcinoma epidermóide: quando uma ferida na pele pode esconder algo sério


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O carcinoma epidermóide, também chamado de carcinoma espinocelular, é um tipo de câncer de pele que se origina nas células escamosas — células planas que formam a camada mais superficial da pele.

É o segundo tipo mais comum de câncer de pele, ficando atrás apenas do carcinoma basocelular. Apesar de crescer mais lentamente que o melanoma, o carcinoma epidermóide pode invadir tecidos mais profundos e, em alguns casos, se espalhar para outros órgãos, especialmente quando não tratado a tempo.

Como ele surge

A principal causa do carcinoma epidermóide é a exposição crônica à radiação ultravioleta (UV), proveniente do sol ou de câmaras de bronzeamento. A radiação danifica o DNA das células da pele, provocando mutações que, com o tempo, favorecem o surgimento do câncer.

Outros fatores também aumentam o risco:

  • pele clara e sensível ao sol;

  • idade avançada;

  • histórico de queimaduras solares;

  • imunidade baixa (por doenças ou medicamentos);

  • cicatrizes antigas, feridas crônicas ou lesões pré-cancerosas (como a ceratose actínica);

  • exposição a produtos químicos, como arsênio e alcatrão.

Onde o carcinoma epidermóide aparece

O carcinoma epidermóide pode surgir em qualquer parte do corpo, mas é mais frequente nas áreas expostas ao sol, como:

  • rosto (nariz, testa, orelhas e lábios);

  • couro cabeludo em pessoas calvas;

  • pescoço, mãos e antebraços.

Também pode ocorrer em mucosas (boca, língua, genitais) e cicatrizes antigas, onde a pele já sofreu alterações.

Como identificar os primeiros sinais

O carcinoma epidermóide começa, muitas vezes, como uma pequena lesão avermelhada, áspera ou descamativa, que não cicatriza. Com o tempo, pode aumentar de tamanho, sangrar ou formar uma crosta espessa.

Os sinais de alerta incluem:

  • ferida que não cicatriza e sangra com facilidade;

  • lesão elevada, avermelhada ou endurecida;

  • área com crosta persistente;

  • dor, coceira ou sensibilidade local;

  • aumento de volume em gânglios próximos (em casos mais avançados).

A palavra-chave é persistência: qualquer lesão que não melhora após algumas semanas deve ser avaliada por um dermatologista.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por meio da biópsia da lesão, um exame simples em que o médico retira um pequeno fragmento da pele para análise microscópica.

Outros exames podem ser solicitados em casos suspeitos de disseminação:

  • ultrassonografia ou tomografia, se houver suspeita de metástase;

  • exame físico detalhado dos linfonodos (gânglios).

Quanto mais cedo o diagnóstico é feito, maior a chance de cura completa.

Tratamento

O tratamento do carcinoma epidermóide depende do tamanho, da profundidade e da localização do tumor. As principais opções incluem:

  • Cirurgia: é o tratamento mais comum e eficaz. A remoção completa do tumor, com margem de segurança, geralmente garante cura.

  • Cirurgia de Mohs: indicada para áreas delicadas (como rosto e nariz), remove camadas finas de pele até eliminar todo o tumor, preservando o máximo de tecido saudável.

  • Curetagem e cauterização: usada em lesões pequenas e superficiais.

  • Radioterapia: indicada para casos em que a cirurgia não é possível ou como complemento para tumores mais agressivos.

  • Tratamentos tópicos: cremes com medicamentos antitumorais, usados em lesões iniciais.

Nos casos mais graves, quando há disseminação, pode ser necessário tratamento com imunoterapia ou quimioterapia.

Prognóstico

Quando diagnosticado no início, o carcinoma epidermóide tem altas taxas de cura, superiores a 95%. No entanto, se o tumor crescer profundamente ou se espalhar, o tratamento se torna mais complexo e o prognóstico, mais reservado.

Por isso, a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais.

Como prevenir o carcinoma epidermóide

A prevenção é simples e envolve atitudes diárias de proteção solar:

  • usar protetor solar todos os dias, mesmo em dias nublados;

  • evitar exposição ao sol entre 10h e 16h;

  • usar chapéus, bonés e roupas com proteção UV;

  • evitar câmaras de bronzeamento;

  • observar regularmente a própria pele e procurar um dermatologista diante de qualquer lesão suspeita.

Além disso, pessoas com histórico de câncer de pele devem fazer acompanhamento periódico.

Conclusão

O carcinoma epidermóide é um câncer de pele comum, mas potencialmente agressivo se ignorado.O diagnóstico precoce e o tratamento adequado garantem cura na maioria dos casos.A melhor estratégia continua sendo a prevenção solar — um hábito simples que protege não apenas contra o envelhecimento precoce, mas também contra o câncer.

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