Epilepsia: o que acontece no cérebro durante uma crise
- medicinaatualrevis
- há 7 dias
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A epilepsia é uma condição neurológica em que o cérebro sofre descargas elétricas anormais e súbitas, provocando crises convulsivas ou episódios de alteração de consciência.
Essas crises podem variar bastante, sendo que algumas duram segundos e causam apenas confusão mental, enquanto outras provocam movimentos involuntários e perda dos sentidos.
A epilepsia não é contagiosa e, com o tratamento certo, a maioria das pessoas leva uma vida normal.
Por que a epilepsia acontece
Nem sempre é possível descobrir a causa exata, mas existem fatores que aumentam o risco:
traumatismos cranianos;
doenças cerebrais (tumores, AVC, infecções);
malformações cerebrais congênitas;
histórico familiar;
abuso de álcool ou drogas.
Em muitas pessoas, a epilepsia é considerada idiopática, ou seja, sem uma causa definida.
Como reconhecer uma crise epiléptica
As crises variam conforme a área do cérebro afetada.
As principais formas incluem:
Crises focais: afetam apenas uma parte do cérebro e podem causar movimentos involuntários em um membro, sensação de formigamento ou alteração de fala;
Crises generalizadas: afetam os dois hemisférios cerebrais e provocam perda de consciência, rigidez muscular e abalos no corpo;
Crises de ausência: típicas em crianças, caracterizadas por breves lapsos de atenção e olhar fixo.
Outros sintomas que podem acompanhar uma crise são:
confusão mental;
mordida de língua;
perda de urina;
sonolência intensa após o episódio.
Como é feito o diagnóstico
O neurologista faz o diagnóstico com base no histórico clínico e em exames complementares, como:
eletroencefalograma (EEG): registra a atividade elétrica cerebral;
ressonância magnética: identifica possíveis lesões cerebrais;
tomografia de crânio: útil em casos de trauma ou suspeita de tumor.
É importante distinguir epilepsia de outras condições que podem causar desmaios ou movimentos involuntários.
Como é o tratamento
O tratamento busca controlar as crises e permitir vida normal.Ele inclui:
uso contínuo de medicamentos anticonvulsivantes, ajustados conforme o tipo de crise;
acompanhamento médico regular para ajustar doses;
evitar fatores desencadeantes, como falta de sono, álcool e estresse.
Nos casos em que as crises persistem mesmo com remédios, podem ser indicadas:
cirurgia para retirar a área do cérebro que gera as descargas;
estimulação do nervo vago;
dietas especiais, como a cetogênica (sob supervisão médica).
Cuidados durante uma crise
Saber o que fazer durante uma crise é essencial:
mantenha a calma e afaste objetos ao redor;
proteja a cabeça da pessoa;
não coloque nada na boca;
deite a pessoa de lado, para facilitar a respiração;
aguarde a crise passar e procure atendimento médico.
Convivendo com a epilepsia
Com o tratamento correto, cerca de 70% dos pacientes ficam livres das crises.O acompanhamento com neurologista, o uso regular da medicação e o apoio familiar fazem toda a diferença.
A epilepsia não limita a inteligência nem impede o convívio social — o conhecimento e o acolhimento quebram o estigma e melhoram a qualidade de vida.
Conclusão
A epilepsia é uma condição neurológica comum, mas controlável. O diagnóstico precoce, o uso regular de medicamentos e a conscientização são as maiores armas contra o preconceito e o medo.
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