Gotejamento nasal: quando o muco em excesso atrapalha a respiração
- medicinaatualrevis
- 2 de out.
- 3 min de leitura

O gotejamento nasal, também chamado de gotejamento pós-nasal, ocorre quando há produção excessiva de muco pelas vias respiratórias, que escorre pela parte de trás do nariz em direção à garganta. Essa condição pode ser desconfortável e causar tosse persistente, irritação na garganta e sensação de “catarro parado”.
Embora muitas vezes seja apenas um incômodo passageiro, o gotejamento nasal também pode indicar alergias, infecções ou outras alterações nas vias respiratórias.
Por que o muco é importante
O muco produzido pelo nariz tem função protetora:
Umidifica as vias respiratórias;
Filtra partículas de poeira e poluição;
Contém anticorpos que ajudam a combater vírus e bactérias.
Quando há desequilíbrio, ocorre excesso ou alteração na consistência do muco, resultando em sintomas desagradáveis.
Principais causas do gotejamento nasal
Diversas condições podem levar a esse problema:
Resfriados e gripes: infecções virais aumentam a produção de muco;
Rinite alérgica: exposição a poeira, pólen, mofo e pelos de animais pode desencadear secreção abundante;
Sinusite: inflamação dos seios da face dificulta a drenagem e favorece o acúmulo de secreção;
Ar seco ou mudanças de temperatura: ressecam as vias nasais e estimulam maior produção de muco;
Uso de certos medicamentos: como descongestionantes nasais em excesso;
Desvio de septo: pode prejudicar a passagem do ar e a eliminação do muco.
Sintomas associados
Além da sensação de muco escorrendo pela garganta, o gotejamento nasal pode vir acompanhado de:
Tosse crônica, especialmente à noite;
Dor ou irritação de garganta;
Mau hálito;
Voz anasalada;
Nariz entupido ou escorrendo constantemente;
Dor facial, em casos de sinusite.
Esses sintomas, quando persistentes, devem ser avaliados por um médico otorrinolaringologista.
Complicações possíveis
O gotejamento nasal contínuo pode levar a desconfortos maiores, como:
Faringite por irritação constante;
Bronquite ou crises de asma, em pessoas predispostas;
Distúrbios do sono, já que a tosse noturna dificulta o descanso.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas e no exame físico. O médico pode solicitar exames complementares em casos de suspeita de causas específicas, como:
Endoscopia nasal: para avaliar anatomia e presença de pólipos;
Exames de imagem (tomografia dos seios da face): em casos de sinusite crônica;
Testes alérgicos: quando há suspeita de rinite alérgica.
Tratamento do gotejamento nasal
O tratamento depende da causa identificada:
Infecções virais: geralmente autolimitadas, tratadas com repouso, hidratação e soluções salinas;
Rinite alérgica: controlada com anti-histamínicos e medidas de redução de exposição a alérgenos;
Sinusite bacteriana: pode exigir antibióticos;
Desvio de septo: em casos graves, cirurgia pode ser indicada;
Umidificação do ambiente: melhora o conforto em situações de ar seco.
Medidas caseiras úteis
Lavar o nariz com soro fisiológico regularmente;
Beber bastante água para fluidificar as secreções;
Evitar exposição à fumaça de cigarro e poluição;
Usar travesseiro elevado para reduzir tosse noturna.
Quando procurar ajuda médica
Deve-se buscar avaliação profissional quando:
O gotejamento nasal persiste por mais de 10 dias;
Há febre alta e dor facial intensa;
O muco apresenta cor esverdeada persistente, com mau cheiro;
Há histórico de alergias ou asma que pioram com os sintomas.
Conclusão
O gotejamento nasal é um sintoma comum, mas que pode causar grande desconforto e impactar a qualidade de vida. Reconhecer as causas, adotar medidas simples de alívio e procurar tratamento quando necessário são passos fundamentais para controlar o problema.
Com acompanhamento médico, é possível identificar a origem do excesso de muco e encontrar soluções eficazes para melhorar a respiração e o bem-estar.
Comentários