Herpes: entenda a doença, seus sintomas e como se proteger
- medicinaatualrevis
- 29 de abr.
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O herpes é uma infecção viral muito comum em todo o mundo. Apesar de ser muitas vezes associado apenas a feridas nos lábios, o herpes é uma condição que pode se manifestar em diferentes partes do corpo e apresentar sintomas variados.
Por ser uma infecção crônica e recorrente, entender o que é o herpes, como ocorre a transmissão, os sintomas, e as formas de prevenção é fundamental para promover a saúde e reduzir o risco de complicações.
Neste artigo, vamos explorar em detalhes tudo o que você precisa saber sobre o herpes, seus tipos, tratamentos e cuidados essenciais para conviver com a doença de forma segura.
O que é herpes?
O herpes é uma infecção causada por vírus da família Herpesviridae, sendo os principais:
Herpes simples tipo 1 (HSV-1): geralmente associado ao herpes labial.
Herpes simples tipo 2 (HSV-2): relacionado principalmente ao herpes genital.
Esses vírus têm a capacidade de permanecer inativos no organismo após a infecção inicial e podem ser reativados em momentos de baixa imunidade, estresse, febre ou exposição solar intensa.
Outro tipo importante é o vírus Varicela-Zoster, que causa a catapora na infância e, posteriormente, pode causar o herpes-zóster (popularmente conhecido como “cobreiro”) na vida adulta.
Como ocorre a transmissão do herpes?
A transmissão do herpes se dá principalmente através do contato direto com a pele ou mucosas de uma pessoa infectada, especialmente durante a fase ativa (quando há lesões visíveis). As principais formas de transmissão incluem:
Beijos;
Relações sexuais (com ou sem penetração);
Compartilhamento de objetos contaminados (copos, talheres, lâminas);
Contato com secreções (saliva, fluidos genitais).
É importante destacar que o vírus pode ser transmitido mesmo na ausência de sintomas visíveis, embora o risco seja menor.
Principais tipos de herpes
Tipo de Herpes | Características |
Herpes labial (HSV-1) | Pequenas bolhas dolorosas nos lábios, boca ou gengivas |
Herpes genital (HSV-2) | Lesões dolorosas na região genital ou anal |
Herpes ocular | Infecção na córnea que pode levar à perda de visão |
Herpes neonatal | Infecção grave em recém-nascidos transmitida durante o parto |
Herpes-zóster (cobreiro) | Dor e erupções cutâneas localizadas, geralmente em idosos ou imunossuprimidos |
Cada tipo de herpes requer cuidados específicos, mas todos compartilham a característica de poderem reativar-se de tempos em tempos.
Quais são os sintomas do herpes?
Os sintomas do herpes variam conforme o local da infecção e a fase da doença. Os mais comuns incluem:
Formação de bolhas agrupadas e dolorosas;
Vermelhidão e inchaço na região afetada;
Coceira ou formigamento antes do aparecimento das lesões;
Dor ao urinar (no herpes genital);
Mal-estar geral, febre e ínguas nas primeiras infecções.
Após a primeira infecção, o vírus permanece dormente nos nervos e pode ser reativado posteriormente, especialmente em situações de estresse, fadiga ou doenças.
Como é feito o diagnóstico do herpes?
O diagnóstico do herpes é essencialmente clínico, baseado nos sinais e sintomas apresentados. Em casos de dúvida ou apresentações atípicas, o médico pode solicitar:
Cultura viral (coleta do líquido da bolha);
Teste de PCR (para detectar o material genético do vírus);
Sorologia (detecção de anticorpos contra o HSV).
É fundamental buscar atendimento médico no início dos sintomas para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado.
Como é o tratamento do herpes?
Embora o herpes não tenha cura definitiva, existem tratamentos eficazes para controlar os sintomas e reduzir a frequência das reativações. As opções incluem:
Medicamentos antivirais orais: aciclovir, valaciclovir ou fanciclovir;
Pomadas antivirais: para casos leves de herpes labial;
Analgésicos e anti-inflamatórios: para alívio da dor;
Cuidados locais: manter a área limpa e seca, evitar o rompimento das bolhas.
Para pessoas com infecções muito frequentes, o médico pode indicar um regime de tratamento supressivo diário com antivirais para prevenir novos surtos.
Dicas para prevenir a transmissão do herpes
Manter hábitos de prevenção é fundamental para reduzir o risco de contaminação:
Evitar contato íntimo durante surtos ativos;
Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e toalhas;
Usar preservativo nas relações sexuais (embora não elimine completamente o risco);
Manter o sistema imunológico fortalecido;
Informar o parceiro sobre a infecção, promovendo o cuidado mútuo.
Avanços recentes em vacinas contra herpes estão em estudo, trazendo esperança para redução das infecções futuras.
Complicações possíveis do herpes
Em geral, o herpes simples é autolimitado em pessoas saudáveis. No entanto, em indivíduos imunossuprimidos (como transplantados ou pacientes com HIV), o vírus pode causar complicações graves, como:
Infecções disseminadas;
Pneumonia herpética;
Encefalite herpética (inflamação do cérebro).
O herpes neonatal também é uma emergência médica e requer tratamento imediato.
Conclusão
O herpes é uma infecção viral comum e altamente contagiosa, mas que pode ser controlada com o tratamento adequado e com práticas de prevenção. Ter o diagnóstico precoce, adotar medidas de autocuidado e manter o acompanhamento médico são passos fundamentais para minimizar os sintomas e reduzir o impacto da doença na qualidade de vida.
A informação e a conscientização continuam sendo as melhores armas contra o preconceito e a desinformação sobre o herpes.
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