Histoplasmose: conheça os sintomas, formas de transmissão e como se proteger
- medicinaatualrevis
- 29 de jul.
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A histoplasmose é uma infecção causada por um fungo chamado Histoplasma capsulatum. Essa micose sistêmica é adquirida principalmente por inalação de esporos presentes em ambientes com fezes de aves ou morcegos, como galinheiros, cavernas ou construções antigas. Embora muitos casos sejam leves ou até assintomáticos, a doença pode ser grave, especialmente em pessoas com a imunidade comprometida.
Neste artigo, você vai entender o que é a histoplasmose, quais os sintomas, como ocorre a transmissão, quais os grupos de risco e como é feito o tratamento.
O que é a histoplasmose?
A histoplasmose é uma doença infecciosa causada pela inalação de esporos do fungo Histoplasma capsulatum, encontrados naturalmente no solo e em locais contaminados por excrementos de pássaros e morcegos.
É mais comum em regiões tropicais e subtropicais;
Pode afetar os pulmões ou se disseminar para outros órgãos;
Em muitos casos, não apresenta sintomas visíveis;
Em pessoas imunocomprometidas, pode ser potencialmente fatal.
Onde está o perigo: fontes de contaminação
A exposição ao fungo geralmente ocorre em locais com acúmulo de fezes de animais, especialmente em áreas como:
Galinheiros e aviários;
Cidades com muitos pombos;
Caves e cavernas frequentadas por morcegos;
Escavações e obras civis em regiões endêmicas;
Armazéns ou silos antigos.
Ambientes com pouca ventilação aumentam o risco de inalar os esporos.
Como a doença se manifesta?
Os sintomas da histoplasmose variam de acordo com a forma clínica da doença e com o estado imunológico da pessoa infectada.
Forma pulmonar aguda
Tosse seca persistente;
Febre moderada;
Dor no peito;
Fadiga e mal-estar geral;
Perda de apetite e de peso.
Forma pulmonar crônica
Mais comum em pessoas com doenças respiratórias preexistentes, como DPOC:
Tosse com escarro;
Febre baixa por tempo prolongado;
Suor noturno;
Emagrecimento progressivo.
Forma disseminada
A forma mais grave, ocorre principalmente em pacientes imunossuprimidos (como portadores de HIV, transplantados ou em tratamento com imunossupressores):
Febre alta persistente;
Anemia e fraqueza intensa;
Lesões na pele e nas mucosas;
Aumento do fígado e do baço;
Comprometimento de vários órgãos.
Quem está mais em risco?
A maioria das pessoas saudáveis não desenvolve sintomas graves, mas alguns grupos merecem atenção especial:
Pessoas imunossuprimidas;
Idosos;
Crianças pequenas;
Pacientes com doenças respiratórias crônicas;
Profissionais que lidam com escavações, demolições e limpeza urbana.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico pode ser um desafio, pois os sintomas são semelhantes a outras doenças pulmonares. Para confirmar a histoplasmose, o médico pode solicitar:
Exames de sangue e sorologias específicas;
Exame de escarro ou lavado brônquico para identificar o fungo;
Radiografia ou tomografia de tórax;
Cultura fúngica ou biópsia, em casos mais complexos.
Qual é o tratamento para histoplasmose?
Nem todos os casos precisam de tratamento específico. Em pacientes saudáveis, a forma leve pode se resolver sozinha. No entanto, nos casos mais graves, o tratamento é fundamental:
Antifúngicos como itraconazol, por via oral;
Em casos severos, uso de anfotericina B, por via intravenosa;
Suporte clínico com oxigênio e hidratação, se necessário;
Acompanhamento médico contínuo.
O tratamento pode durar de algumas semanas até mais de um ano, a depender da gravidade.
Dá para prevenir a histoplasmose?
Sim. Algumas medidas simples podem reduzir o risco de exposição aos esporos do fungo:
Evite locais com acúmulo de fezes de aves e morcegos;
Use máscara PFF2 em ambientes com poeira orgânica;
Mantenha galinheiros e aviários bem ventilados e limpos;
Evite escavações sem proteção adequada;
Desinfete locais antes de reformas ou limpezas profundas.
Conclusão
A histoplasmose é uma doença séria, mas evitável e tratável quando diagnosticada precocemente. Se você teve contato com locais de risco e apresenta sintomas respiratórios persistentes, procure um médico para investigação adequada.
Prevenção e informação são suas melhores defesas.