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Incontinência urinária: como abordar o problema sem constrangimento


Incontinência urinária

A incontinência urinária é a perda involuntária de urina, um problema mais comum do que se imagina, mas ainda cercado de constrangimento. Afeta milhões de pessoas no mundo todo, especialmente mulheres após a menopausa e idosos, comprometendo a qualidade de vida e a autoestima.

Apesar disso, muitas pessoas deixam de procurar ajuda por vergonha ou por acreditar que é "normal da idade". Neste artigo, vamos explicar o que é a incontinência urinária, quais os tipos, as causas mais comuns e como tratar — com foco em acolhimento e desmistificação.

O que é a incontinência urinária

A incontinência urinária é a incapacidade de controlar a urina, o que pode ocorrer em diferentes situações, desde um espirro até uma vontade súbita e incontrolável de urinar. É considerada um sintoma, não uma doença em si, e pode ter várias causas e manifestações.

Principais tipos de incontinência urinária

Incontinência de esforço

É o tipo mais comum, especialmente entre mulheres. Ocorre quando há perda de urina durante atividades que aumentam a pressão abdominal, como tossir, rir, espirrar ou levantar peso. Costuma estar associada a enfraquecimento do assoalho pélvico, gestação, parto e menopausa.

Incontinência de urgência

Caracteriza-se por uma vontade súbita e intensa de urinar, que não dá tempo de chegar ao banheiro. Pode estar relacionada à bexiga hiperativa, infecções urinárias ou doenças neurológicas.

Incontinência mista

É a combinação dos dois tipos anteriores — esforço e urgência — e também é mais comum em mulheres.

Incontinência por transbordamento

Ocorre quando a bexiga não se esvazia completamente, levando ao escape de pequenas quantidades de urina. É mais comum em homens com problemas de próstata.

Causas comuns da incontinência urinária

As causas variam conforme o tipo e a condição de saúde da pessoa, mas as mais frequentes incluem:

  • Enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico;

  • Alterações hormonais (especialmente na menopausa);

  • Doenças neurológicas (como Parkinson e Alzheimer);

  • Uso de certos medicamentos (diuréticos, sedativos);

  • Obstrução urinária (como hiperplasia prostática);

  • Infecções urinárias;

  • Gravidez e parto vaginal.

Quando procurar ajuda médica

Muitas pessoas acreditam que a perda de urina é normal com o envelhecimento. No entanto, isso não é verdade. A incontinência urinária tem tratamento e é importante procurar um médico se:

  • Há escapes frequentes de urina;

  • A condição causa vergonha ou limita sua vida social;

  • A urina tem cheiro forte, sangue ou dor associada;

  • Há piora progressiva dos sintomas.

O médico indicado geralmente é o urologista (no caso de homens) ou o ginecologista (em mulheres), além do clínico geral.

Diagnóstico da incontinência urinária

O diagnóstico é feito com base na história clínica e em exames como:

  • Exame físico e ginecológico ou urológico;

  • Exames de urina;

  • Diário miccional (registro de idas ao banheiro);

  • Estudos urodinâmicos (avaliação da função da bexiga);

  • Ultrassonografia do trato urinário.

Tratamentos disponíveis

O tratamento depende do tipo de incontinência e da gravidade dos sintomas. As principais abordagens incluem:

1. Mudanças de estilo de vida

  • Redução de cafeína e bebidas alcoólicas;

  • Controle de peso;

  • Evitar ingestão de líquidos à noite;

  • Prática de exercícios para o assoalho pélvico (como os exercícios de Kegel).

2. Fisioterapia pélvica

Ajuda a fortalecer os músculos responsáveis pela continência urinária. Pode incluir biofeedback e eletroestimulação.

3. Medicamentos

  • Antimuscarínicos (oxibutinina, tolterodina);

  • Beta-agonistas (mirabegrona);

  • Estrogênio tópico (em mulheres na menopausa).

4. Procedimentos e cirurgias

  • Cirurgias para correção do prolapso ou colocação de sling;

  • Aplicação de toxina botulínica na bexiga;

  • Estimulação elétrica do nervo sacral.

Como lidar com o constrangimento

Falar sobre incontinência ainda é um tabu. Muitas pessoas escondem o problema, o que atrasa o diagnóstico e o tratamento. Por isso:

  • Lembre-se de que não está sozinho: o problema é comum e tem solução;

  • Fale com o médico com naturalidade — ele está ali para ajudar;

  • Evite se culpar ou sentir vergonha;

  • Busque apoio em grupos e espaços de informação confiável.

Convivendo com a incontinência urinária

Alguns cuidados no dia a dia podem ajudar:

  • Planeje suas idas ao banheiro;

  • Use roupas confortáveis e absorventes específicos, se necessário;

  • Mantenha uma boa higiene íntima;

  • Mantenha a hidratação equilibrada, sem exageros ou restrições.

Conclusão

A incontinência urinária é um problema comum, mas tratável. Romper o tabu e buscar ajuda é o primeiro passo para recuperar a qualidade de vida. Com orientação médica, mudanças de hábito e, se necessário, tratamentos específicos, é possível controlar os sintomas e viver com mais liberdade e confiança.

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