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Psoríase: o que é, causas, sintomas e tratamentos


Psoríase

A psoríase é uma condição de pele crônica que afeta milhões de pessoas no mundo. Apesar de não ser contagiosa, ela pode causar desconforto físico e emocional significativo, com lesões visíveis e recorrentes que impactam a qualidade de vida dos pacientes. Mas afinal, o que é psoríase, por que ela ocorre e como pode ser tratada?


Neste artigo do Medicina Atual, você vai entender tudo sobre a psoríase: suas possíveis causas, sintomas mais comuns, fatores de agravamento, métodos de diagnóstico e as opções de tratamento mais eficazes.


O que é psoríase?


A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele que provoca o surgimento de placas avermelhadas e salientes, frequentemente cobertas por escamas prateadas. Essas lesões podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas são mais comuns nos:


  • Cotovelos.

  • Joelhos.

  • Couro cabeludo.

  • Região lombar.

  • Nádegas.


Apesar de não ter cura, a psoríase pode ser controlada com tratamento adequado, e muitos pacientes passam longos períodos sem apresentar sintomas.


Quem pode desenvolver psoríase?


A psoríase é uma doença comum e tende a ter componente hereditário. Ou seja, se alguém da família tem psoríase, há maior chance de outros membros também desenvolverem a condição.


Ela pode surgir em qualquer idade, mas é mais frequente em dois períodos específicos da vida:


  • Entre 16 e 22 anos.

  • Entre 57 e 60 anos.


Pessoas de pele clara tendem a desenvolver a doença com mais frequência do que aquelas com pele mais escura.


Quais são as causas da psoríase?


A causa exata da psoríase ainda não é totalmente compreendida, mas estudos indicam que ela está relacionada a um distúrbio no sistema imunológico. O corpo passa a acelerar a produção de células da pele, formando placas em excesso e gerando a inflamação característica da doença.


Além da predisposição genética, diversos fatores podem desencadear ou agravar uma crise de psoríase:


  • Lesões na pele (cortes, arranhões).

  • Queimaduras solares.

  • Infecções, como gripes ou faringite estreptocócica.

  • Clima frio e seco.

  • Estresse emocional.

  • Uso de álcool em excesso.

  • Tabagismo.

  • Alguns medicamentos, como betabloqueadores, lítio e anti-inflamatórios.

  • Infecção pelo HIV.

Sintomas da psoríase

A psoríase pode se manifestar de diferentes formas, mas o sintoma mais característico é o aparecimento de placas avermelhadas com escamas prateadas, que podem coçar ou causar dor.

Essas placas geralmente aparecem:

  • No couro cabeludo.

  • Nos cotovelos e joelhos.

  • Na região lombar.

  • Entre as nádegas.

  • Ao redor do ânus.

  • Nas sobrancelhas, axilas e abdômen.

Outros sintomas incluem:

  • Alterações nas unhas, como espessamento, descolamento ou aparência pontilhada.

  • Dor e inchaço nas articulações (psoríase artropática).

  • Bolhas com pus (psoríase pustulosa).

As lesões podem:

  • Permanecer estáveis por meses.

  • Aumentar de tamanho.

  • Aparecer em outras áreas do corpo.

  • Recuar espontaneamente e não voltar por anos.

Como é feito o diagnóstico da psoríase

O diagnóstico da psoríase é, na maioria das vezes, clínico, ou seja, baseado na avaliação do aspecto das lesões cutâneas. Médicos dermatologistas conseguem identificar a doença apenas observando as placas.

Em casos duvidosos, pode ser realizada uma biópsia da pele — um pequeno fragmento é retirado para análise ao microscópio, confirmando o diagnóstico.

Tratamentos para psoríase

A psoríase não tem cura, mas existe tratamento eficaz para reduzir os sintomas, controlar as crises e melhorar a qualidade de vida. A escolha do tratamento depende da gravidade, da extensão das lesões e da resposta individual do paciente.

1. Tratamentos tópicos

Indicados para casos leves ou moderados. Incluem:

  • Corticoides em pomadas ou cremes.

  • Análogos da vitamina D.

  • Alcatrão mineral.

  • Retinoides tópicos.

  • Emolientes e hidratantes para aliviar a descamação.

2. Fototerapia (terapia com luz UV)

Consiste na aplicação de luz ultravioleta controlada sobre a pele para reduzir a inflamação e a proliferação celular. É eficaz para casos moderados a graves, e geralmente realizada em clínicas especializadas.

3. Medicamentos sistêmicos (via oral ou injetável)

Utilizados em formas graves ou resistentes. Incluem:

  • Metotrexato.

  • Ciclosporina.

  • Acitretina.

  • Biológicos (como adalimumabe, etanercepte, ustekinumabe), que atuam diretamente no sistema imunológico.

Esses medicamentos podem causar efeitos colaterais importantes e requerem acompanhamento médico rigoroso.

Psoríase tem cura?

Não. A psoríase é uma condição crônica, o que significa que ela acompanha o paciente ao longo da vida. No entanto, com o tratamento correto e controle dos fatores desencadeantes, é possível manter a doença sob controle e ter longos períodos sem sintomas.

Convivendo com a psoríase

Viver com psoríase pode ser desafiador, especialmente em termos emocionais e sociais. Muitas pessoas sentem vergonha das lesões visíveis ou enfrentam discriminação. Por isso, além do tratamento clínico, é importante:

  • Procurar apoio psicológico, se necessário.

  • Participar de grupos de apoio.

  • Esclarecer familiares e amigos sobre a doença.

  • Evitar automedicação.

  • Adotar um estilo de vida saudável.

Conclusão

A psoríase é uma condição dermatológica complexa, mas controlável. Entender seus sintomas, conhecer os fatores que agravam a doença e seguir o tratamento adequado são passos fundamentais para uma vida com mais saúde, autoestima e bem-estar.

Se você ou alguém da sua família apresenta placas na pele com escamas, procure um dermatologista para avaliação. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais eficaz será o controle da doença.


Fonte: Manual MSD

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