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Síndrome do impostor: quando a autoestima abala a saúde física e mental

Síndrome do impostor

A síndrome do impostor é um fenômeno psicológico em que a pessoa, mesmo sendo competente, sente que não merece o sucesso alcançado. É como se vivesse em constante medo de ser “descoberta” como uma fraude, apesar de evidências objetivas de suas conquistas.

Esse sentimento afeta milhões de pessoas, principalmente estudantes, profissionais em início de carreira e indivíduos que assumem cargos de responsabilidade. Embora não seja uma doença reconhecida oficialmente nos manuais psiquiátricos, seu impacto na saúde mental e física é significativo.

Quem pode desenvolver a síndrome do impostor

A síndrome não escolhe idade, gênero ou profissão. Porém, alguns grupos são mais suscetíveis:

  • Estudantes universitários e de pós-graduação;

  • Profissionais recém-formados;

  • Mulheres em ambientes competitivos;

  • Pessoas em cargos de liderança;

  • Indivíduos que cresceram em contextos altamente exigentes ou comparativos.

Principais características da síndrome do impostor

A síndrome do impostor se manifesta de diversas formas, mas há alguns sinais comuns:

  • Atribuir conquistas à sorte ou ao acaso;

  • Medo constante de ser “desmascarado”;

  • Comparação excessiva com colegas;

  • Dificuldade em aceitar elogios;

  • Sentimento de inadequação, mesmo diante de reconhecimento.

Esses pensamentos podem levar a autoexigência extrema, o que gera desgaste físico e emocional.

Relação entre autoestima e saúde física

O impacto da síndrome do impostor vai além da mente. Pesquisas mostram que a baixa autoestima crônica está associada a alterações fisiológicas que afetam a saúde do corpo.

  • Estresse constante: aumenta níveis de cortisol, hormônio relacionado à inflamação e ao envelhecimento precoce;

  • Insônia: preocupações excessivas dificultam o descanso adequado;

  • Problemas cardiovasculares: estresse contínuo eleva risco de hipertensão e doenças cardíacas;

  • Distúrbios gastrointestinais: ansiedade pode causar gastrite, refluxo e síndrome do intestino irritável;

  • Baixa imunidade: corpo mais vulnerável a infecções.

Sintomas emocionais e físicos

Pessoas com síndrome do impostor podem apresentar uma combinação de sintomas emocionais e físicos:

  • Ansiedade generalizada;

  • Crises de pânico em situações de avaliação;

  • Dores de cabeça frequentes;

  • Tensão muscular constante;

  • Palpitações;

  • Fadiga crônica.

Fatores que favorecem o desenvolvimento da síndrome

O fenômeno pode ser influenciado por fatores sociais, culturais e familiares.

  • Ambiente competitivo: contextos acadêmicos e corporativos intensificam a comparação;

  • Pressão familiar: cobranças desde a infância podem gerar busca constante por aprovação;

  • Perfeccionismo: tendência a exigir resultados impecáveis;

  • Redes sociais: comparação com padrões irreais de sucesso e produtividade.

Como é feito o diagnóstico

A síndrome do impostor não tem diagnóstico clínico formal. O reconhecimento depende da análise de psicólogos ou psiquiatras com base em relatos de comportamento e sofrimento emocional. Questionários específicos, como a Clance Impostor Phenomenon Scale, são utilizados em pesquisas para identificar o grau do fenômeno.

Estratégias para lidar com a síndrome do impostor

Felizmente, existem formas de reduzir o impacto desse fenômeno.

  • Psicoterapia: especialmente a terapia cognitivo-comportamental, que ajuda a identificar padrões de pensamento distorcidos;

  • Autoconhecimento: reconhecer conquistas e registrar realizações para combater a autocrítica exagerada;

  • Rede de apoio: compartilhar sentimentos com colegas e amigos diminui a sensação de isolamento;

  • Aceitar elogios: aprender a receber reconhecimento sem desconfiar;

  • Redefinir sucesso: valorizar o processo e não apenas o resultado.

O papel da medicina preventiva

Como a síndrome do impostor afeta corpo e mente, a medicina preventiva tem papel importante. O acompanhamento clínico pode ajudar a identificar e controlar problemas físicos associados ao estresse crônico.

  • Exames regulares para avaliar pressão arterial, colesterol e glicemia;

  • Orientações sobre sono, nutrição e atividade física;

  • Encaminhamento para psicoterapia quando necessário.

Estratégias práticas para o dia a dia

Mesmo sem apoio imediato de profissionais, algumas medidas podem ser aplicadas no cotidiano:

  • Estabelecer limites de trabalho e descanso;

  • Praticar exercícios físicos regularmente;

  • Investir em técnicas de relaxamento, como meditação e respiração profunda;

  • Reduzir tempo em redes sociais para evitar comparações nocivas;

  • Celebrar pequenas conquistas diárias.

Quando buscar ajuda profissional

Se os sintomas de ansiedade, estresse ou baixa autoestima impactarem a vida pessoal, profissional ou acadêmica, é hora de procurar ajuda psicológica ou psiquiátrica. O tratamento adequado pode evitar complicações como depressão, burnout e problemas físicos graves.

Conclusão

A síndrome do impostor vai além da insegurança comum. Trata-se de um fenômeno que pode comprometer não apenas a saúde mental, mas também o corpo físico, gerando estresse crônico e doenças relacionadas. Reconhecer seus sinais, buscar apoio e adotar estratégias de autocuidado são passos fundamentais para quebrar esse ciclo e viver de forma mais saudável e equilibrada.

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