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Fadiga crônica: quando o cansaço deixa de ser normal

Fadiga crônica

A fadiga crônica é um estado de cansaço intenso, persistente e incapacitante que não melhora com descanso. Diferente do cansaço comum, ela dura semanas ou meses, interfere na rotina e afeta tanto o corpo quanto a mente.

Essa condição também é chamada de Síndrome da Fadiga Crônica (SFC), e embora suas causas ainda não sejam totalmente compreendidas, sabe-se que envolve alterações no sistema imunológico, hormonal e nervoso.

Cansaço normal x fadiga crônica

Todo mundo se sente cansado depois de dias longos ou noites mal dormidas — isso é fadiga passageira. Mas, quando o cansaço é constante, desproporcional ao esforço e vem acompanhado de outros sintomas, o alerta deve acender.

Sinais de fadiga crônica:

  • cansaço que dura mais de 6 meses;

  • sono não reparador, mesmo dormindo bem;

  • dificuldade de concentração e memória;

  • dores musculares e articulares;

  • dor de garganta ou dor de cabeça frequente;

  • tontura e intolerância a esforço físico;

  • irritabilidade e queda no rendimento.

Possíveis causas

A fadiga crônica não tem uma única causa, mas pode estar ligada a diferentes fatores:

  • infecções virais prévias (como Epstein-Barr ou COVID-19 prolongada);

  • distúrbios hormonais (hipotireoidismo, insuficiência adrenal);

  • alterações imunológicas;

  • transtornos do sono;

  • depressão e ansiedade;

  • carências nutricionais (ferro, vitaminas do complexo B, magnésio);

  • sobrecarga emocional e estresse prolongado.

Em muitos casos, os sintomas surgem após uma infecção ou um período de forte esgotamento físico e mental.

Como é feito o diagnóstico

Não há um exame específico para confirmar a fadiga crônica. O diagnóstico é clínico, baseado na exclusão de outras doenças que causam cansaço.

O médico pode solicitar:

  • exames de sangue para verificar anemia, função da tireoide e níveis hormonais;

  • avaliação do sono;

  • investigação de causas infecciosas ou metabólicas.

O diagnóstico é confirmado quando o cansaço intenso persiste por mais de seis meses e outros distúrbios foram descartados.

Tratamento e manejo

Ainda não existe cura definitiva, mas o tratamento busca melhorar os sintomas e a qualidade de vida.

As estratégias incluem:

  • reeducação do sono — dormir em horários regulares e evitar telas antes de deitar;

  • atividade física leve e gradual, como caminhadas e alongamentos;

  • alimentação equilibrada, com foco em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras;

  • redução do estresse com técnicas de relaxamento, meditação ou terapia;

  • acompanhamento psicológico, quando necessário;

  • uso de medicamentos apenas para sintomas específicos (como dor ou insônia).

O acompanhamento multidisciplinar, envolvendo clínico geral, nutricionista e psicólogo, é o mais indicado.

Quando procurar ajuda médica

Procure um médico se o cansaço for persistente e vier acompanhado de:

  • dores sem explicação;

  • queda de cabelo, perda de peso ou alterações de apetite;

  • febre baixa constante;

  • palpitações ou falta de ar;

  • dificuldade de concentração que atrapalha o trabalho ou os estudos.

O diagnóstico precoce é importante para prevenir agravamento e melhorar a recuperação.

Conclusão

A fadiga crônica é um distúrbio real, que vai muito além do simples cansaço. Reconhecer os sinais, adotar hábitos saudáveis e buscar acompanhamento médico são passos fundamentais para recuperar a energia e o equilíbrio físico e mental.


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