Incontinência urinária em adultos: por que você não deve ignorar esse sintoma
- medicinaatualrevis
- 28 de jul.
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A incontinência urinária é uma condição que afeta milhões de adultos em todo o mundo, especialmente mulheres e idosos. Trata-se da perda involuntária de urina, um problema que pode comprometer a qualidade de vida, causar constrangimento e interferir nas atividades sociais e profissionais.
Apesar de ser um tema sensível, a incontinência é mais comum do que se imagina e pode ser tratada. Neste artigo, você vai entender as causas, os principais tipos de incontinência urinária, como é feito o diagnóstico e quais são as opções de tratamento.
O que é incontinência urinária?
A incontinência urinária é definida como a incapacidade de controlar a eliminação da urina pela bexiga. Isso pode ocorrer de forma ocasional, como ao espirrar ou tossir, ou de maneira frequente e incontrolável.
Pode ser temporária ou crônica;
Afeta homens e mulheres, mas é mais comum entre as mulheres;
Está associada ao envelhecimento, mas não é uma parte "normal" da idade;
Pode indicar outras condições de saúde subjacentes.
Quais são os principais tipos?
Conhecer os tipos de incontinência é essencial para buscar o tratamento mais adequado.
Incontinência de esforço
Acontece quando há perda de urina ao realizar esforços como:
Tossir;
Espirrar;
Rir;
Levantar peso.
Geralmente é causada por enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico.
Incontinência de urgência (bexiga hiperativa)
Caracterizada por uma vontade repentina e intensa de urinar, seguida de perda involuntária. Pode estar relacionada a:
Infecções urinárias recorrentes;
Distúrbios neurológicos;
Estresse emocional.
Incontinência mista
É a combinação dos dois tipos acima: esforço e urgência.
Incontinência por transbordamento
A bexiga não esvazia completamente, provocando vazamentos constantes ou intermitentes. Pode estar associada a:
Obstrução urinária (ex: hiperplasia prostática);
Lesões neurológicas;
Diabetes mal controlado.
Quais são as causas mais comuns?
A incontinência pode ter várias causas, que variam de acordo com o sexo, idade e histórico de saúde do paciente.
Gravidez e parto vaginal;
Menopausa;
Prostatismo (no caso dos homens);
Obesidade;
Tabagismo;
Uso de medicamentos como diuréticos e antidepressivos;
Doenças neurológicas como Parkinson ou AVC.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é clínico, mas pode incluir exames para confirmar o tipo e identificar causas associadas:
Histórico médico detalhado;
Exame físico com avaliação pélvica;
Diário miccional;
Exames laboratoriais de urina;
Ultrassonografia pélvica ou prostática;
Estudos urodinâmicos.
Como tratar a incontinência urinária?
O tratamento depende do tipo, gravidade e da causa subjacente. Em muitos casos, abordagens simples já trazem bons resultados.
Medidas comportamentais
Treinamento da bexiga (segurar por intervalos crescentes);
Evitar bebidas irritantes como café, álcool e refrigerantes;
Reduzir o consumo de líquidos à noite;
Praticar o esvaziamento programado da bexiga.
Fisioterapia e fortalecimento pélvico
Os exercícios de Kegel são eficazes para o fortalecimento da musculatura pélvica, principalmente em mulheres.
Medicamentos
Antimuscarínicos para bexiga hiperativa;
Terapia hormonal local (em mulheres na menopausa);
Alfabloqueadores ou finasterida em homens com próstata aumentada.
Cirurgias
Quando as opções clínicas falham, pode-se recorrer a:
Sling (tela de sustentacão para uretra);
Cirurgia para prótese urinária;
Implantes de neuromoduladores.
Dicas para conviver com mais conforto
Utilize absorventes específicos para incontinência;
Prefira roupas fáceis de vestir e remover;
Mantenha a pele limpa e seca para evitar assaduras;
Não deixe de praticar atividades sociais por vergonha;
Busque apoio emocional e informação confiável.
Conclusão
A incontinência urinária em adultos pode ter impacto significativo no bem-estar, mas felizmente há soluções. Com orientação adequada, é possível recuperar a autonomia, reduzir os episódios e melhorar a qualidade de vida.
Se você ou algum familiar convive com o problema, converse com um profissional de saúde. O primeiro passo é romper o silêncio.
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