Lesões elétricas: riscos invisíveis que exigem atenção imediata
- medicinaatualrevis
- 1 de out.
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As lesões provocadas pela eletricidade acontecem quando uma corrente elétrica passa pelo corpo humano, causando desde queimaduras superficiais até danos internos graves.
Esses acidentes podem ocorrer em casa, no trabalho ou durante tempestades com raios, e muitas vezes parecem menos graves do que realmente são, já que os danos internos podem ser maiores do que os sinais visíveis na pele.
Como a eletricidade afeta o corpo
A gravidade da lesão depende de vários fatores:
Voltagem da corrente: altas voltagens aumentam o risco de morte;
Duração do contato: quanto mais tempo, maior o dano;
Caminho da corrente: se atravessa órgãos vitais como coração e cérebro, o risco é altíssimo;
Estado de saúde da vítima: pessoas com problemas cardíacos ou respiratórios são mais vulneráveis.
A eletricidade pode causar desde contrações musculares intensas até parada cardíaca imediata.
Tipos de lesões elétricas
As lesões podem se manifestar de diferentes formas:
Queimaduras externas: geralmente nas mãos e pés, locais de entrada e saída da corrente;
Queimaduras internas: mesmo sem sinais externos graves, os músculos e órgãos podem estar danificados;
Arritmias cardíacas: a corrente pode alterar o ritmo do coração;
Parada cardiorrespiratória: em casos graves;
Lesões neurológicas: convulsões, perda de consciência e danos permanentes ao sistema nervoso;
Traumas secundários: quedas provocadas pelo choque podem gerar fraturas e ferimentos.
Lesões por raio
Além da eletricidade doméstica e industrial, também existem as lesões provocadas por raios, que carregam altíssima energia. Embora raras, quando ocorrem podem causar morte instantânea, queimaduras extensas e danos neurológicos severos.
Sintomas de alerta após choque elétrico
Mesmo em choques aparentemente leves, é fundamental observar sinais de complicação:
Dor ou queimaduras na pele;
Dormência ou fraqueza em membros;
Confusão mental ou perda de consciência;
Dificuldade para respirar;
Batimentos cardíacos irregulares.
Qualquer um desses sintomas deve motivar avaliação médica imediata.
Primeiros socorros em lesões elétricas
Saber agir nos primeiros minutos pode salvar vidas.
Interrompa a fonte de energia: desligue o disjuntor ou afaste o fio com objeto não condutor (como madeira seca);
Não toque diretamente na vítima enquanto estiver em contato com a eletricidade;
Verifique a respiração e o pulso: se ausentes, inicie a reanimação cardiopulmonar (RCP) e acione o socorro;
Não mova a vítima em caso de suspeita de fraturas ou traumas, exceto se houver risco imediato;
Cubra queimaduras com tecido limpo até a chegada da equipe médica.
Diagnóstico médico
No hospital, a avaliação inclui:
Eletrocardiograma (ECG): para detectar arritmias;
Exames de sangue: avaliam danos musculares e renais;
Exames de imagem: quando há suspeita de fraturas ou lesões internas;
Monitoramento contínuo: em vítimas de alto risco.
Tratamento hospitalar
O tratamento varia de acordo com a gravidade:
Queimaduras: podem exigir limpeza, curativos especiais ou cirurgia reparadora;
Arritmias: tratadas com medicamentos ou desfibrilação;
Insuficiência respiratória: suporte com oxigênio ou ventilação mecânica;
Lesões neurológicas: acompanhamento e reabilitação a longo prazo.
Prevenção de acidentes elétricos
Grande parte das lesões elétricas pode ser evitada com medidas simples:
Nunca manipular fios desencapados;
Usar equipamentos de proteção individual (EPI) em trabalhos com eletricidade;
Evitar contato com aparelhos elétricos em ambientes molhados;
Desligar a energia antes de realizar reparos domésticos;
Durante tempestades, evitar áreas abertas e contato com objetos metálicos.
Conclusão
As lesões provocadas pela eletricidade podem ser silenciosas, mas perigosas. Muitas vezes, o dano interno é maior do que o externo. Por isso, todo choque elétrico deve ser levado a sério, e a vítima deve ser avaliada por um profissional de saúde.
A prevenção, seja em casa, no trabalho ou em tempestades, continua sendo a melhor forma de evitar tragédias.
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