Osteoporose: perda de massa óssea que fragiliza o esqueleto ao longo do tempo
- medicinaatualrevis
- há 2 dias
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A Osteoporose é uma doença caracterizada pela redução da massa óssea e pela deterioração da microarquitetura dos ossos, tornando o esqueleto mais frágil e suscetível a fraturas. Trata-se de uma condição silenciosa, que evolui lentamente e, muitas vezes, só é diagnosticada após uma fratura ocorrer.
Com o envelhecimento da população, a osteoporose tornou-se um importante problema de saúde pública, impactando qualidade de vida, autonomia e risco de complicações graves, especialmente em idosos.
O que acontece com os ossos na osteoporose
Os ossos não são estruturas estáticas. Ao longo da vida, ocorre um equilíbrio constante entre formação e reabsorção óssea. Na osteoporose, esse equilíbrio é rompido, com predomínio da perda óssea sobre a formação, levando à redução da densidade mineral.
Como consequência:
os ossos tornam-se mais porosos;
a resistência óssea diminui;
fraturas podem ocorrer com traumas mínimos;
o risco de quedas com complicações aumenta.
Esse processo ocorre de forma gradual e, na maioria dos casos, sem sintomas iniciais.
Por que a osteoporose é considerada uma doença silenciosa
A perda de massa óssea não causa dor enquanto não há fratura. Por isso, muitas pessoas convivem com osteoporose por anos sem saber, acreditando estar saudáveis.
Os primeiros sinais costumam surgir apenas quando ocorre:
fratura após queda leve;
fratura espontânea;
dor súbita nas costas;
redução da estatura;
encurvamento progressivo da coluna.
Esses achados indicam comprometimento ósseo já avançado.
Quem tem maior risco de desenvolver osteoporose
Embora possa afetar homens e mulheres, a osteoporose é mais comum em mulheres após a menopausa, devido à queda do estrogênio, hormônio essencial para a manutenção da massa óssea.
Outros fatores de risco incluem:
envelhecimento;
histórico familiar;
baixo peso corporal;
sedentarismo;
deficiência de cálcio e vitamina D;
tabagismo;
consumo excessivo de álcool;
uso prolongado de certos medicamentos.
A combinação desses fatores acelera a perda óssea.
Relação entre menopausa e perda de massa óssea
Após a menopausa, ocorre uma queda abrupta dos níveis de estrogênio. Esse hormônio exerce efeito protetor sobre os ossos, inibindo a reabsorção óssea excessiva.
Com sua redução:
a perda óssea se acelera;
a densidade mineral diminui rapidamente nos primeiros anos;
o risco de fraturas aumenta de forma significativa.
Esse é um dos principais motivos pelos quais a osteoporose é mais prevalente em mulheres.
Principais fraturas associadas à osteoporose
As fraturas osteoporóticas mais comuns envolvem regiões que sustentam peso ou sofrem impacto em quedas.
As áreas mais afetadas são:
coluna vertebral;
quadril;
punho;
fêmur proximal.
Fraturas de quadril, em especial, estão associadas a alta taxa de perda de autonomia e aumento da mortalidade em idosos.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico da osteoporose baseia-se principalmente na avaliação da densidade mineral óssea. O exame mais utilizado é a densitometria óssea, que permite quantificar a massa óssea e estimar o risco de fraturas.
Além disso, a avaliação inclui:
histórico clínico;
fatores de risco individuais;
exames laboratoriais para descartar causas secundárias;
análise do risco global de fraturas.
Identificar precocemente a perda óssea permite intervenção antes das fraturas.
O papel do cálcio e da vitamina D
O cálcio é o principal componente mineral dos ossos, enquanto a vitamina D é essencial para sua absorção intestinal. A deficiência de qualquer um deles compromete a saúde óssea.
A ingestão inadequada pode levar a:
menor mineralização óssea;
aumento da reabsorção óssea;
enfraquecimento progressivo do esqueleto.
Manter níveis adequados desses nutrientes é um dos pilares da prevenção.
Tratamento e prevenção da osteoporose
O tratamento visa reduzir a perda óssea, fortalecer os ossos e prevenir fraturas. As estratégias incluem mudanças no estilo de vida e, quando indicado, tratamento medicamentoso.
Entre as medidas fundamentais estão:
alimentação rica em cálcio;
exposição solar adequada ou suplementação de vitamina D;
prática regular de atividade física com impacto controlado;
fortalecimento muscular;
prevenção de quedas;
interrupção do tabagismo.
O acompanhamento médico define a necessidade de medicamentos específicos para reduzir a reabsorção óssea.
Importância da atividade física para os ossos
O osso responde ao estímulo mecânico. Exercícios de impacto moderado e fortalecimento muscular ajudam a manter e até melhorar a densidade óssea.
A atividade física também reduz o risco de quedas, atuando de forma indireta na prevenção de fraturas.
Quando investigar osteoporose
A investigação é recomendada em situações como:
mulheres após a menopausa;
homens acima de 70 anos;
fraturas após quedas leves;
histórico familiar de fratura de quadril;
uso prolongado de corticoides;
doenças que afetam absorção de nutrientes.
A avaliação precoce muda o curso da doença.
Conclusão
A osteoporose é uma doença silenciosa marcada pela perda progressiva da massa óssea, que fragiliza o esqueleto e aumenta o risco de fraturas. Embora seja mais comum com o envelhecimento e após a menopausa, não deve ser encarada como consequência inevitável da idade. Diagnóstico precoce, alimentação adequada, atividade física e acompanhamento médico são fundamentais para preservar a saúde óssea, manter a autonomia e prevenir complicações graves ao longo da vida.



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