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Rubéola: uma doença que parece leve, mas exige atenção

Rubéola


A rubéola é uma infecção viral contagiosa causada pelo vírus da rubéola, pertencente ao gênero Rubivirus. Apesar de geralmente causar sintomas leves, é uma doença de grande importância médica, principalmente em gestantes, pois pode provocar malformações graves no feto — a chamada Síndrome da Rubéola Congênita.

Antes da introdução da vacina, surtos de rubéola eram comuns em escolas e comunidades. Hoje, graças à imunização, os casos tornaram-se raros, mas a doença ainda preo cupa quando há falhas na cobertura vacinal.

Como a rubéola é transmitida

O vírus é transmitido de pessoa para pessoa por meio das gotículas de saliva ou secreções respiratórias liberadas ao falar, tossir ou espirrar. Também pode ser transmitido de mãe para filho durante a gestação — o que representa o maior risco. O período de transmissão começa cerca de uma semana antes do surgimento das manchas na pele e pode continuar por até sete dias após o início do quadro.

Quais são os sintomas da rubéola

Os sintomas geralmente aparecem de 14 a 21 dias após o contato com o vírus e podem ser discretos — por isso muitas pessoas nem percebem que estão infectadas.

Os sinais mais comuns incluem:

  • febre baixa;

  • manchas avermelhadas que começam no rosto e se espalham pelo corpo;

  • ínguas (aumento de gânglios linfáticos) atrás das orelhas e no pescoço;

  • dor de cabeça e mal-estar;

  • dor nas articulações (mais comum em adultos);

  • conjuntivite leve.

As manchas costumam durar de 3 a 5 dias e desaparecem sem deixar marcas.

Rubéola em gestantes: o maior perigo

A rubéola na gravidez é especialmente preocupante porque o vírus pode atravessar a placenta e infectar o feto. Isso pode causar a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), um conjunto de anomalias que incluem:

  • surdez;

  • catarata e outras alterações oculares;

  • defeitos cardíacos;

  • microcefalia;

  • atraso no desenvolvimento.

O risco é maior quando a infecção ocorre no primeiro trimestre da gestação, e por isso é fundamental que mulheres em idade fértil estejam vacinadas antes de engravidar.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da rubéola é baseado na observação clínica e confirmado por exames laboratoriais.O médico pode solicitar:

  • sorologia para detectar anticorpos contra o vírus;

  • teste de PCR, que identifica o material genético do vírus no sangue ou nas secreções.

Como os sintomas podem se parecer com os de outras doenças (como sarampo, dengue e viroses exantemáticas), o diagnóstico laboratorial é importante para confirmação e vigilância epidemiológica.

Existe tratamento para a rubéola?

Não há tratamento específico para eliminar o vírus. O manejo é sintomático, ou seja, voltado para aliviar os sintomas e garantir conforto ao paciente.

As principais medidas incluem:

  • repouso e boa hidratação;

  • uso de analgésicos e antitérmicos para dor e febre;

  • evitar contato com gestantes até a recuperação completa.

Em casos de rubéola congênita, o acompanhamento do bebê é multidisciplinar, envolvendo pediatra, cardiologista e oftalmologista.

Como prevenir a rubéola

A principal forma de prevenção é a vacinação, altamente eficaz e segura.

Vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)

Está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e deve ser aplicada da seguinte forma:


  • 1ª dose: aos 12 meses de idade;

  • 2ª dose: aos 15 meses, com a vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela).

Adultos que não foram vacinados na infância também podem e devem receber a vacina.

Gestantes não devem se vacinar durante a gravidez, mas podem ser imunizadas logo após o parto para evitar futuras infecções.

Diferença entre rubéola e sarampo

As duas doenças apresentam manchas vermelhas e sintomas semelhantes, mas há diferenças importantes:

Característica

Rubéola

Sarampo

Febre

Baixa

Alta

Manchas

Mais claras, duram 3 a 5 dias

Mais intensas, duram cerca de 7 dias

Contágio

Menor

Muito alto

Complicações graves

Principalmente em gestantes

Mais comuns em qualquer idade

Prevenção

Vacina tríplice viral

Vacina tríplice viral

Reconhecer essas diferenças ajuda a buscar o atendimento certo e evitar confusões diagnósticas.

Quando procurar um médico

A rubéola é geralmente leve, mas é importante procurar avaliação médica quando houver:

  • febre persistente;

  • manchas com coceira intensa;

  • sinais de infecção respiratória;

  • suspeita de gravidez.

Em gestantes, qualquer suspeita de contato com alguém infectado deve ser comunicada ao obstetra imediatamente.

Conclusão

A rubéola pode parecer uma doença simples, mas sua prevenção é essencial, principalmente para proteger gestantes e bebês.Com a vacinação em dia, é possível manter o Brasil livre de surtos e evitar casos graves da Síndrome da Rubéola Congênita.


Cuidar da imunização é um ato de proteção individual e coletiva — e uma das formas mais eficazes de manter a saúde em dia.


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