Tuberculose: como identificar, tratar e prevenir essa infecção global
- medicinaatualrevis
- 5 de mai.
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Atualizado: 6 de mai.

A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa grave causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, responsável por milhões de casos e mortes em todo o mundo, especialmente na África, Ásia e América Latina. Transmitida principalmente pela tosse e espirro de pessoas infectadas, a TB continua sendo um dos maiores desafios de saúde pública global.
Neste artigo, abordaremos as fases da doença, seus sintomas, diagnóstico, tratamento, prevenção e os desafios representados pelas cepas resistentes.
O que é Tuberculose?
A tuberculose é adquirida quando inalamos as bactérias lançadas no ar por pessoas com doença ativa. Embora a infecção normalmente acometa os pulmões, ela também pode atingir outros órgãos como rins, ossos, cérebro e linfonodos.
Um fato importante: a maioria das pessoas infectadas não desenvolve a doença ativa, permanecendo com uma infecção latente, que pode se reativar em situações de imunossupressão, como no caso de pessoas com HIV.
Quais são as fases da Tuberculose?
Fase | Características principais |
Infecção primária | As bactérias entram nos pulmões e, às vezes, se espalham para outros órgãos. Apenas algumas pessoas adoecem. |
Infecção latente | O sistema imunológico encapsula as bactérias, mantendo-as inativas por anos. Cerca de 5-10% evoluem para doença ativa. |
Doença ativa | As bactérias se reativam, causando sintomas e tornando a pessoa contagiosa. |
O que causa a Tuberculose e quem está em risco?
A tuberculose é causada pela inalação das partículas bacterianas liberadas por pessoas infectadas. Fatores que aumentam o risco de ativação incluem:
Infecção pelo HIV;
Diabetes mellitus;
Insuficiência renal grave;
Certos cânceres;
Uso de medicamentos imunossupressores (como corticoides).
Mesmo sem fatores de risco, a TB pode se tornar ativa em alguns casos.
Quais são os sintomas da Tuberculose?
Os sintomas típicos envolvem os pulmões e incluem:
Tosse persistente (às vezes com muco ou sangue);
Febre;
Suores noturnos;
Perda de peso;
Falta de energia e apetite;
Falta de ar e dor torácica.
Quando outros órgãos são afetados, os sintomas variam, como dor nas costas (coluna), dor de cabeça e confusão (cérebro) ou sangue na urina (rins).
Como os médicos diagnostificam a Tuberculose?
O diagnóstico é feito através de:
Radiografia de tórax;
Testes de escarro (pesquisa de bacilos);
Teste cutâneo (PPD) ou exames de sangue para tuberculose.
Para pessoas sem sintomas, mas em risco (como profissionais de saúde ou contatos próximos de casos ativos), os testes de triagem são essenciais para detectar infecções latentes.
Como é o tratamento da Tuberculose?
O tratamento depende do tipo de tuberculose:
Tuberculose ativa:
Uso de quatro antibióticos por cerca de dois meses;
Posteriormente, dois antibióticos por mais quatro a sete meses;
Possibilidade de hospitalização em casos graves ou em condições sociais inadequadas.
Tuberculose latente:
Tratamento com um único antibiótico durante quatro a nove meses para evitar progressão para a forma ativa.
O desafio das cepas resistentes
Cerca de 500 mil novos casos de TB resistente a antibióticos surgem anualmente. Esses casos exigem tratamentos prolongados, com combinações complexas de medicamentos e monitoramento intensivo, aumentando custos e complexidade terapêutica.
Como prevenir a disseminação da Tuberculose?
Enquanto os antibióticos não eliminam totalmente as bactérias (primeiras semanas de tratamento), é fundamental:
Evitar receber visitas em casa;
Cobrir a boca ao tossir;
Usar máscara em ambientes hospitalares;
Isolar-se em locais apropriados quando necessário.
Após duas semanas de tratamento adequado, a maioria das pessoas deixa de ser contagiosa.
Existe vacina para Tuberculose?
Sim, a vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin) é aplicada em crianças em muitos países endêmicos, reduzindo o risco de formas graves da doença.
Importante: a vacinação BCG torna o teste cutâneo PPD positivo, impactando a triagem em adultos.
Conclusão
A tuberculose continua sendo um problema crítico de saúde pública, mas com diagnóstico precoce, tratamento adequado e medidas de prevenção, é possível controlar a disseminação da doença. Médicos, pacientes e comunidades devem trabalhar juntos para enfrentar esse desafio global.
Fonte: Manual MSD



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