Dor pélvica crônica em mulheres: o que pode estar por trás
- medicinaatualrevis
- 7 de jul.
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A dor pélvica crônica é um problema que afeta muitas mulheres e pode comprometer a qualidade de vida. Diferente de uma dor pontual, esse incômodo persiste por pelo menos seis meses e pode ter várias origens, desde questões ginecológicas até problemas do trato urinário ou digestivo.
Se você sente dor pélvica que não passa, é fundamental compreender as possíveis causas e saber quando procurar ajuda. Neste artigo, vamos explicar os principais motivos, formas de diagnóstico e como é feito o tratamento.
O que é a dor pélvica crônica?
Dor pélvica crônica é toda dor localizada na região abaixo do umbigo que se mantém por seis meses ou mais. Ela pode ser constante ou intermitente, de intensidade variada, e
costuma afetar:
Mulheres em idade reprodutiva.
Mulheres na menopausa.
Pacientes com histórico de doenças ginecológicas.
Muitas vezes, a dor interfere no trabalho, no sono e nas relações sexuais, trazendo sofrimento físico e emocional.
Quais são as principais causas?
A dor pélvica crônica em mulheres pode ter origem em diferentes sistemas do corpo. Entre as causas mais comuns, destacam-se:
Causas ginecológicas:
Endometriose.
Miomas uterinos.
Doença inflamatória pélvica.
Aderências pós-cirúrgicas.
Cistos ovarianos persistentes.
Causas urológicas:
Cistite intersticial (síndrome da bexiga dolorosa).
Infecções urinárias recorrentes.
Causas gastrointestinais:
Síndrome do intestino irritável.
Constipação crônica.
Outras causas:
Alterações musculoesqueléticas (problemas de postura, tensão muscular).
Fatores emocionais, como ansiedade e depressão.
Em muitos casos, mais de um fator está presente ao mesmo tempo, o que torna o diagnóstico desafiador.
Quando é hora de procurar ajuda?
Nem toda dor pélvica precisa de investigação imediata, mas há situações em que a avaliação médica não deve ser adiada:
Dor que persiste por mais de seis meses.
Intensidade que atrapalha atividades diárias.
Dor durante as relações sexuais.
Sangramento vaginal fora do período menstrual.
Alterações urinárias, como ardência e vontade frequente de urinar.
Perda de peso sem causa aparente.
Nesses casos, o acompanhamento especializado ajuda a esclarecer a origem do problema e direcionar o tratamento.
Como o médico faz o diagnóstico?
O processo diagnóstico inclui várias etapas:
História clínica detalhada.O profissional vai investigar quando a dor começou, sua relação com o ciclo menstrual, intensidade e fatores que aliviam ou pioram o quadro.
Exame físico.O toque pélvico pode identificar pontos dolorosos e alterações anatômicas.
Exames de imagem.
Ultrassonografia transvaginal ou abdominal.
Ressonância magnética pélvica (em casos mais complexos).
Exames laboratoriais.Servem para investigar infecções e alterações hormonais.
Laparoscopia diagnóstica.Pode ser indicada para visualizar diretamente órgãos internos, especialmente em suspeita de endometriose.
Dor pélvica crônica e endometriose
A endometriose é uma das causas mais frequentes. Trata-se da presença de tecido endometrial fora do útero, provocando inflamação e dor intensa.
Além de dor pélvica constante, pode haver:
Cólica menstrual severa.
Dor durante a relação sexual.
Dificuldade para engravidar.
O diagnóstico é confirmado com exames de imagem e, em alguns casos, laparoscopia.
Quais são as opções de tratamento?
O tratamento depende da causa identificada e pode combinar abordagens:
Medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios.
Anticoncepcionais hormonais para controle do ciclo.
Fisioterapia pélvica.
Terapia psicológica e técnicas de relaxamento.
Mudanças na alimentação, principalmente quando há síndrome do intestino irritável.
Cirurgia, em casos como endometriose extensa ou miomas volumosos.
Cada plano terapêutico é individualizado, respeitando as necessidades e desejos da mulher.
O impacto emocional da dor crônica
Além dos sintomas físicos, a dor pélvica crônica em mulheres pode gerar tristeza, ansiedade e sentimentos de impotência.
Por isso, é fundamental que o tratamento seja multidisciplinar, contando com apoio psicológico e acolhimento.
Conclusão
A dor pélvica crônica pode ter muitas causas e exige atenção especializada. Nenhuma mulher deve conviver com dor sem acompanhamento. Se você sofre com esse problema, procure ajuda médica e informe-se sobre as opções de tratamento.
Quanto antes for feito o diagnóstico, maiores são as chances de alívio e de recuperação da qualidade de vida.



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