Porfiria cutânea tardia: doença que causa sensibilidade extrema ao sol
- medicinaatualrevis
- há 6 dias
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A exposição ao sol é parte essencial da vida, trazendo benefícios como a produção de vitamina D e sensação de bem-estar. No entanto, para algumas pessoas, a luz solar pode desencadear sintomas graves. Esse é o caso da Porfiria Cutânea Tardia (PCT), a forma mais comum de porfiria, caracterizada por uma sensibilidade extrema ao sol que afeta principalmente a pele.
Neste artigo, você vai entender o que é essa doença rara, como ela se manifesta, quais são os fatores de risco e quais cuidados podem ajudar a melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
O que é porfiria cutânea tardia
A Porfiria Cutânea Tardia é um distúrbio metabólico no qual o organismo apresenta deficiência de uma enzima chamada uroporfirinogênio descarboxilase (UROD). Essa falha provoca o acúmulo de substâncias chamadas porfirinas na pele e no fígado.
Quando a pele com excesso de porfirinas é exposta à luz solar, ocorrem reações químicas que levam a lesões cutâneas.
Principais sintomas da PCT
Os sintomas aparecem, em geral, em áreas expostas ao sol, como mãos, braços e rosto.
Sinais característicos
Bolhas dolorosas na pele após exposição solar;
Fragilidade cutânea, com facilidade para ferimentos;
Crostas e cicatrizes em áreas expostas;
Hiperpigmentação (escurecimento da pele) ou hipopigmentação (clareamento);
Crescimento anormal de pelos, principalmente no rosto.
Alerta: ao contrário de alergias solares comuns, as lesões da PCT são mais intensas e recorrentes.
Fatores de risco e causas associadas
A doença pode ser hereditária, mas na maioria dos casos está relacionada a fatores adquiridos que reduzem a atividade da enzima UROD.
Condições e fatores que favorecem a PCT
Consumo excessivo de álcool;
Infecção pelo vírus da hepatite C;
Infecção pelo HIV;
Sobrecarga de ferro no organismo (hemocromatose);
Uso de estrogênios em altas doses;
Exposição a algumas substâncias químicas.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico exige avaliação clínica e exames laboratoriais específicos.
Principais exames
Dosagem de porfirinas na urina, fezes e sangue;
Testes genéticos em casos familiares;
Biópsia de pele em situações específicas;
Avaliação do fígado, já que a doença pode causar complicações hepáticas.
Tratamento da porfiria cutânea tardia
Embora não haja cura definitiva, a PCT pode ser controlada com medidas clínicas e mudanças no estilo de vida.
Abordagens mais utilizadas
Flebotomia (sangria terapêutica): reduz o excesso de ferro no sangue, ajudando a normalizar a atividade enzimática;
Uso de medicação antimalárica em baixas doses (como cloroquina): auxilia na eliminação das porfirinas acumuladas;
Tratamento de doenças associadas: como hepatite C ou HIV;
Suspensão de fatores desencadeantes: evitar álcool, hormônios e substâncias químicas tóxicas.
Cuidados no dia a dia
Conviver com a PCT exige atenção especial à proteção solar.
Usar roupas que cubram braços e pernas;
Optar por chapéus de aba larga e óculos escuros;
Aplicar filtros solares de amplo espectro, especialmente físicos (com óxido de zinco ou dióxido de titânio);
Evitar exposição prolongada ao sol, especialmente entre 10h e 16h;
Manter acompanhamento médico regular.
Conclusão
A Porfiria Cutânea Tardia é uma condição rara, mas que pode ser controlada com diagnóstico precoce, tratamento adequado e mudanças de hábitos.Identificar sintomas como bolhas recorrentes e fragilidade da pele após exposição solar é essencial para buscar ajuda médica.
Com acompanhamento especializado e cuidados de proteção, é possível reduzir os impactos da doença e melhorar a qualidade de vida.
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